domingo, 12 de outubro de 2008

Um relato...

via Filosofia de Curral

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Vou-vos descrever agora aquilo que eu já vi nas praxes: cabelos cortados, simulações de sexo, exibição dos genitais, caras enfiadas em excremento de cavalo, longas caminhadas com os pés descalços, raparigas obrigadas a vestir a roupa interior por cima de toda a outra, caloiros bombardeados com tudo quanto é imundice, extorsão de dinheiro, ameaças de agressão física, ingestão de bebidas altamente alcoólicas contra-vontade, deglutição de papel higiénico, humilhação pública extremada sob as mais diversas formas. Tudo isto, no perímetro das instalações da escola onde estudei, com o conhecimento da Direcção da mesma. Integração? Convivência académica? Vão mas é dar banho ao cão e vender essas patranhas a quem vo-las compre. Gostava que algum iluminado me explicasse de uma forma plausível o nível de integração que pode atingir alguém que é obrigado a enfiar a sua cabeça dentro de um balde de merda.
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1 comentários:

Ponnette disse...

Eu explico: ficam bem integrados na merda.
Que é como quem diz, realmente a praxe integra. Integra num mundo onde as relações entre as pessoas são falsas e hierárquicas, onde cada um só pensa em si, onde a cultura só chega à música pimba... Integra num mundo que já existe. E o outro mundo mais fixe (que felizmente também existe) fica fora de tudo isso.