quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vídeo mostra o orgulho da praxe portuguesa...

‹‹Por falar em vídeos patéticos, parece que a Associação Académica de Coimbra apostou na internacionalização. O resultado é esta gosma.

Durante mais de 4 minutos mostra o orgulho desta malta nas actividades académicas em Portugal. Começa com um grande repto: ‹‹Do you think you know how to live your student life? This is how we do it in Portugal...›› e de seguida mostra logo os mais velhos a mandar nos mais novos (e é completamente claro no que isso significa), passa para o alcoolismo, mostra a tradição do uniforme, pelo meio há a história (lutas estudantis, coisa importantíssima na actualidade - e nos anos 60 não foi por acaso que a praxe caiu em desuso, mas isso não interessa agora), há a Queima das Fitas - o maior evento estudantil da Europa, em 2º lugar no consumo de cerveja depois do Oktober Fest -, um carro alegórico em chamas, um casal a pinar em cima de um carro, a tourada... Enfim... Vejam, vejam. E orgulhem-se.››

Publicado originalmente no 5dias.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Queima deixa rasto de 16 toneladas de lixo e 15 stands vandalizados

Sempre que o MATA faz um mural político numa parede pública os praxistas vêm sempre queixar-se de "vandalismo", "destruição de património público"... Na verdade, não é proibido fazê-lo, apesar de por algumas vezes terem tentado impedir, nomeadamente, a polícia, e de até ter chegado a tribunal um caso desses em que o MATA participou. Mas o resultado é sempre o mesmo: "o que não é proibido pode-se fazer" e assim acontece com os murais que o MATA faz.

A notícia seguinte é para a auto-crítica de quem proclama a tradição como uma coisa muito limpinha e inócua e cheia de valores morais.


Coimbra. Queima deixa rasto de 16 toneladas de lixo e 15 stands vandalizados
O cortejo da Queima das Fitas de Coimbra, em que participaram, na tarde de domingo, 106 carros alegóricos, deixou nas ruas da cidade por onde desfilou e artérias circundantes, “16 toneladas de resíduos sólidos”, segundo fonte da autarquia.

Durante a reunião da Câmara, na tarde de hoje, a vice-presidente da câmara, Maria José Azevedo Santos, lamentou os “excessos” cometidos, durante a Queima das Fitas, pelos estudantes dos diferentes estabelecimentos de ensino superior da cidade e muitos forasteiros.

Reflexo desses “excessos” é, designadamente, a “vandalização de 15 stands” dos já 70 instalados no Parque Verde do Mondego, para a realização da feira do livro da cidade, que abre no próximo fim de semana, disse a autarca social democrata.

Sublinhando que não se quer imiscuir nas questões da Academia de Coimbra, Maria José

Azevedo Santos, propôs que a câmara promova, para o ano, reuniões, designadamente, com os organizadores da Queima das Fitas para os sensibilizar no sentido de “que sejam regulados os excessos”.

“Quero os estudantes irreverentes”, mas “não posso aceitar que vandalizem o património”, como sucedeu também, por exemplo, com a ponte pedonal sobre o Mondego, disse a autarca, reagindo a advertências dos vereadores eleitos pelo PS.

“O pior que nos pode acontecer é tentarmos ser paternalistas em relação à Academia ou tentarmos impor-lhe regras”, alertou o socialista Carlos Cidade, considerando que a Queima das Fitas, que é “a maior festa de Coimbra, tem muitos mais aspetos positivos que negativos”.

Daquelas 16 toneladas, “6,5 toneladas eram garrafas de plástico e latas de bebidas”, revelou o vereador do CDS Luís Providência, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, que detém maioria no executivo.

Luís Providência, responsável pelo pelouro do Ambiente, sublinhou o facto do vasilhame em vidro recolhido, imediatamente a seguir ao desfile, ao final da tarde de domingo, corresponder apenas a meia tonelada de resíduos.

A “reduzida quantidade de vidro” recolhido pelos serviços de higiene e limpeza da autarquia resulta, em boa medida, com certeza, das campanhas de sensibilização que têm sido desenvolvidas junto dos estudantes e distribuidores de bebidas, no sentido de evitarem o uso de recipientes de vidro, acredita o vereador.