quinta-feira, 30 de setembro de 2010

HOJE: Jantar do GAIA sobre praxes

Hoje, quinta-feira, 30 de Setembro, parece que muita gente quer discutir as praxes. Para além do debate na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, organizado por estudantes de Estudos Portugueses e Lusófonos, com a participação do M.A.T.A., irá haver uma sessão de discussão sobre as praxes, a partir das 20h, no espaço Regueirão dos Anjos, 69, promovido pelo GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental. Essa discussão será acompanhada por um jantar popular.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Debate na FCSH sobre praxes com a participação do MATA, 5ª feira às 18h

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Panfleto do MATA


Para ler, pensar, distribuir, redistribuir e, depois, fazer outro. Este já circula! E é bem vindo quem o quiser fazer circular. Basta fotocopiar... :)

Porque:
- nunca foi preciso usar traje para se ser estudante do ensino superior.
- nunca foi preciso ser praxado para usar traje.
- nunca foi precisa uma tradição para receber novas pessoas.
- o material do traje académico provoca comichão.
- o aluno do 3º ano não é mais importante que o aluno do 2º e o do 2º não é mais importante que o do 1º.
- não somos mais por praxar, nem menos por não ser praxados.
- foi descoberto há vários séculos que certas músicas de determinadas tunas são cantadas num dialecto que será inventado daqui a alguns anos. (Estas decidiram começar a cantar desde cedo nesse dialecto para que rapidamente se torne tradição.)
- podemos divertir-nos sem ser com a praxe e também - quem diria? - conhecer a faculdade e a cidade sem andar a rastejar.
- há mais “académicos” na faculdade do que só alunos: há professores, investigadores, funcionários, visitantes, que não têm que aturar a “tradição académica”.
- há mais pessoas no mundo do que apenas as que andam em faculdades e não nos sentimos superiores e diferentes delas por isso.
- ser integrado não é apenas conhecer os colegas do nosso curso ou da nossa faculdade.
- simular sexo em público, comer sem talheres, andar de gatas ou brincar aos militares não é aquilo em que queremos ser integrados.
- na escola primária conhecemos todos os nossos colegas e divertimo-nos e não foi preciso berrarem-nos aos ouvidos e forçarem a brincadeira.
- os códigos de praxe são leis inventadas e não podem ser impingidas nem ao caracol.
- não achamos que sirva para alguma coisa os estudantes vestirem-se todos de igual e tocarem um único estilo musical.
- uma alergia incomum faz as pessoas espirrar ao dizerem a palavra praxe.
- o medo de dizer NÃO é a arma de quem praxa.
- ser paternalista é achar que os novos alunos precisam de ajuda sem sequer lhes perguntar.
- a primeira versão do traje académico era cor-de-rosa e os estudantes pareciam muito mais simpáticos nessa altura.
- ninguém tem o direito de berrar, obrigar, vergar, humilhar, subjugar ninguém.
- ninguém que assista a isto tem o direito de ficar indiferente.
- a praxe cheira mal dos pés.

dizemos NÃO à praxe

sábado, 25 de setembro de 2010

Porque, para alguns, os abusos apenas acontecem quando se sabe deles...

... fica a Mensagem à Academia do reitor da Universidade de Évora, Carlos Braumann:

«Caros colegas, estudantes e funcionários

A Reitoria tem recebido, de várias origens, queixas de alguns abusos ocorridos nas praxes aos novos alunos da Universidade. Apesar destas situações serem recorrentes e comuns às instituições de ensino superior, cremos que elas devem merecer toda a nossa atenção e o nosso veemente repúdio por tais abusos, os quais, para além de afectarem física e psicologicamente os estudantes, perturbam o bom funcionamento das actividades e degradam a imagem da Universidade junto da população, dos pais e dos próprios estudantes.

Consideramos o acolhimento e integração dos novos alunos muito importante pelo que a Reitoria desenvolveu várias iniciativas no sentido de facilitar esse processo. Desde há meses que tem havido contactos frequentes com o Conselho de Notáveis, no sentido de limitar a duração e prevenir eventuais excessos no decorrer das praxes, tendo este Conselho assumido o compromisso de tudo fazer no sentido de os evitar. Por isso, nos últimos dias temos mantido contactos regulares com este órgão, alertando-os para as ocorrências que temos tido conhecimento e estes têm procurado exercer uma acção pedagógica junto dos colegas. Porém, as actividades decorrem de forma descentralizada e dispersa, quase sempre no espaço público da cidade, o que dificulta o seu controlo.

É de realçar que várias estruturas têm apoiado o acolhimento dos estudantes. A Associação Académica e o referido Conselho deram valioso apoio no processo de matrícula dos alunos da 1ª fase de colocações e na resolução de alguns problemas práticos com que se deparam os novos alunos. Várias Escolas e Comissões de Curso têm organizado acções diversas de acolhimento e de boas vindas aos estudantes. A Reitoria tem estado a preparar, com a colaboração activa das associações estudantis, uma acção de acolhimento institucional a concretizar após a chegada dos alunos da 2º fase.

Os funcionários dos Colégios têm instruções para não permitir a realização de acções de praxe no interior das instalações da Universidade, com excepção das aulas de praxe nas datas previstas. Apelamos também à comunidade académica no seu todo que colabore no cumprimento destas disposições e informe os serviços de qualquer situação anormal.

Apelo ainda para que a liberdade individual de quem não quer aderir à praxe continue a ser respeitada, sendo ainda essencial que as acções das praxes prezem os direitos de cidadania e a dignidade dos novos alunos e, naturalmente, a população em geral, evitando exageros e sejam sempre orientadas para integrar harmoniosamente e acolher com amizade os novos colegas. É esse o apelo sincero que faço aos estudantes, com os votos de que o ano lectivo que ora se inicia seja de sucesso académico e pessoal.

Saudações académicas.»

O que me ficou:
- os abusos acontecem e são frequentes;
- e a possibilidade de controlo é difícil, para não dizer impossível, para aqueles que, segundo as inventadas "leis da praxe", têm essa responsabilidade.
Qual é a resposta então à praxe?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A praxe fez de mim um homem melhor

«Pronto: agora que chamei a atenção dos leitores com um título anacrónico, já posso dizer ao que venho. Este é um texto que se indigna com algo que muitos não gostam mas habituaram-se a tolerar.

Com o início do ano lectivo, regressam as praxes. Não é um espectáculo bonito: jovens vestidos de negro incitam outros a cantar músicas descerebradas e a gritar frases problematicamente viris. Os primeiros são os "doutores", os segundos são os "caloiros". Os primeiros colocam a pose do pequeno capataz a quem foi conferido um poder maior do que a figura; os segundos andam pintados, amarrados ou de quatro, por vezes visivelmente enfastiados com a personagem que têm de encarnar, mas convencidos de que aquela é uma punição necessária para quem vai viver os prometidos "melhores anos da vida". E esta é a versão "soft". A versão "hard" chega a meter violência física e psicológica em doses que raiam a criminalidade.

As praxes revestiram-se de diversas formas, sofreram inúmeras oposições, estiveram proibidas ou suspensas em diferentes momentos históricos. Durante as décadas de sessenta e setenta, foram vistas como um anacronismo e destinadas ao baú da história. Foi daí que elas saíram já nos anos oitenta, remendadas mas com o devido cheiro a naftalina. Desde então, o florescimento de centros de ensino superior fez com que se difundisse pelo país o que no passado estava praticamente circunscrito a Coimbra. Assim, enquanto se descentralizava e democratizava o acesso ao conhecimento, as praxes instalavam-se com furor, funcionando como um simulacro de elitismo num terreno que se massificava.

Claro que a solução para o problema não passa por policiar as ruas e proibir semelhantes práticas. Cabe essencialmente aos estudantes buscar modos alternativos de relacionamento e de crítica do que existe. Mas é importante que as instituições académicas se lembrem das mortes e dos graves ferimentos que estas brincadeiras já causaram. E, já agora, tenham presente que um tribunal condenou há dois anos o Instituto Piaget a pagar uma indemnização a uma aluna que teve a coragem de levar um difícil processo destes até ao fim, abrindo caminho a que sanções análogas possam ter lugar. Tenho um conselho para que isso não aconteça: comecem por acatar as recomendações que o ministro Mariano Gago teve a felicidade de fazer no ano passado.»

Opinião de Miguel Cardina publicada hoje no Aparelho de Estado e no Vias de Facto.
Leiam também a sua contribuição para a rubrica «O que eu penso das praxes».

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A felicidade.

‹‹No Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), ouvem-se as vozes autoritárias dos veteranos e os cânticos ensaiados dos caloiros. Usam as calças do avesso e as T-shirts amarelas onde se pode ler "caloiro do ISEL", o único sítio onde podem ser pintados. Fazem concursos de talento no palco improvisado com estrados forrados de alcatifa vermelha, e garraiadas num pequeno recinto formado por vedações de metal da Câmara de Lisboa.

Daniela Vieira, caloira de Química, com 18 anos, diz que esperava pior. "Chamam-me teimoira porque respondi mal a um veterano. Puseram-me de castigo a fazer agachamentos dizendo 'eu não responderei mal aos meus veteranos'", conta sem ressentimentos. Já a fizeram andar com um ovo na mão durante uma hora, rebolar no chão enquanto dizia "eu sou um porco no espeto" e beber água sem pegar no copo. Exigências que não a preocupam. Hulk é Diogo Fernandes. Tem 19 anos e esteve presente em todos os dias de praxe. "Eu adoro as praxes, se não não estava aqui", sintetiza.

Já na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa não é permitido praxar dentro da escola. "É por isso que estamos do outro lado da estrada", resume Frederico Sequeira, de 24 anos, um dos responsáveis pela praxe de Engenharia Informática. Os veteranos inspiraram-se no filme 300 para criar a sua "legião", incutindo nos caloiros um espírito de "união, humildade e inteligência". "Praxe é integração, não humilhação", sublinha. "Nós respeitamos a integridade dos caloiros. Não os pintamos nem sujamos. Eles usam o chapéu para os identificarmos e não obrigamos ninguém a estar aqui. Não é, Já Chega?", pergunta dirigindo-se a Pedro Batista, um dos caloiros. "Sim", responde confiante, com as mãos atrás das costas e o olhar fixo em frente. Está aqui para conhecer os colegas, com quem já trocou contactos e a quem se junta rapidamente, para ensaiar os gritos e formações para as batalhas de cursos. "Nós somos os melhores. Eu mostrava o cu pelo meu curso", declara sem hesitar.››

Notícia do Diário de Notícias.

sábado, 18 de setembro de 2010

A praxe é uma aventura

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Gago, quanto pagaste de propinas?

Através do blogue Vias de Facto, cheguei à notícia que se reproduz a seguir. Antes reproduzo o post desse blogue.
(Entretanto, e antes da notícia e do texto do post do VIas de Facto, acrescento a declaraçao dos manifestantes, encontrado no blogue Spectrum.)

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"Após entregar uma medalha de chouriço ao Ministro Mariano Gago, por ter alcançado o feito de nos meder no topo da Europa no que toca ao peso da educação nos orçamentos das famílias, leu-se o seguinte comunicado:

Nós, estudantes da Academia do Porto, em protesto nesta Cerimónia Oficial dizemos:
- Não há cerimónias porque nos últimos dez anos, um terço dos estudantes mais pobres abandonou o Ensino Superior, sendo que esta realidade aumenta a cada ano que passa.
- Não há cerimónias porque nos últimos 15 anos, as propinas aumentaram 400% em Portugal.
- Não há cerimónias enquanto este for o terceiro país da Europa com a propina mais elevada.
- Não há cerimónias enquanto tivermos um problema de democracia no Ensino Superior.
- Não há cerimónias enquanto a redução e a falta de verbas destinadas à Acção Social continuarem a empurrar estudantes para fazer empréstimos.
- Não há cerimónias porque 11 mil estudantes devem 130 milhões de euros à banca, quando ainda não trabalham, e não têm nenhuma garantia em relação ao seu trabalho futuro.
- Não há cerimónias enquanto a maioria dos 70 mil bolseiros em Portugal receber de bolsa mínima apenas 100 euros por mês.
- Não há cerimónias quando a resposta a um pedido de bolsa demora em média 4 meses.
- Não há cerimónias quando, numa das maiores crises sociais de todos os tempos, o Governo decide reduzir nas bolsas, atirando estudantes para fora do Ensino Superior.
- Não há cerimónias quando um ano lectivo começa sem os Serviços de Acção Social saberem os dados que necessitam para analisar os pedidos de bolsas, porque o Sr. Ministro ainda não fez aprovar o Despacho necessário.
- Não há cerimónias enquanto este "Ensino" só for público para quem tem 1000 euros para pagar as propinas.
- Nós, grupo de estudantes aqui em protesto, dizemos: Ensino Superior Público para todos e todas.

Basta de retórica."
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1942: regresso ao futuro
por Miguel Cardina

Estudantes do Porto interromperam uma sessão com Sócrates e Mariano Gago para denunciar a falta de apoio social escolar e o peso das propinas no orçamento das famílias. Os estudantes ergueram uma faixa com uma questão incómoda - «Gago, quanto pagaste de propinas?» - e denunciaram o desinvestimento do Estado na acção social escolar, o que aliás é claramente prescrito pelas medidas do PEC e foi admitido por responsáveis do ministério na AR. Mas este post não era para falar da justeza da contestação estudantil no momento actual nem para demonstrar que essa coisa do ensino gratuito – mesmo retirando as propinas – não existe nem nunca existiu. Quero só falar das declarações com que Gago tentou graciosamente apaziguar o assunto.

Demonstrando bonomia, ao contrário do senhor que tentou interromper a cerimónia dos estudantes contestatários, Mariano Gago lá disse que o valor das propinas é hoje equivalente ao que existia em Portugal em 1942, com a vantagem do rendimento per capita ter triplicado. Logo, conclui, as propinas agora são “bastante mais inofensivas do que eram no meu tempo”. Não sei se Mariano Gago, que entrou no Instituto Superior Técnico em finais dos anos sessenta, pretendeu convencer alguém que tinha mais 25 anos do que efectivamente tem ou que entrou na Universidade seis anos antes de ter nascido. O jornalista di-lo mas parece claramente um erro de circunstância. Menos inocente é a ministerial tentativa de atirar areia para os olhos do néscio, esquecendo o que foi a história do ensino universitário no país nas últimas décadas e as mudanças que este sofreu, desde logo ao nível da composição da sua população.

A pergunta dos estudantes tem sentido e a resposta do ministro é manhosa. Explico: a propina fixada em 1942 foi alvo de contestação logo a seguir – num processo no qual se destacou como dirigente estudantil Salgado Zenha – e permaneceu tímida até ao 25 de Abril. Não houve nenhum aumento significado até 1992, altura em que a questão apareceu com estrondo na ribalta. A partir daí a história é conhecida, com o regresso em força das propinas a seguir à paixão educativa de Guterres, e a letargia estudantil a fazer com que elas galopem por aí fora nos últimos anos. Hoje – não é artifício retórico – muitos estudantes deixam de estudar, ou ficam pelo 1.º ciclo, porque não têm dinheiro para as pagar. Os bancos agradecem enquanto cresce o novíssimo negócio dos empréstimos.

O que o ministro se esqueceu propositadamente de mencionar é que, em 1942, o ensino superior em Portugal era profundamente elitista. E assim continuou pelas décadas seguintes. Em meados dos anos sessenta, os estudantes no ensino superior não chegavam aos 30 mil estudantes; hoje são perto de 500 mil. E essa pequena fatia de estudantes que existia na altura, como é óbvio, era fundamentalmente oriunda da classe média-alta, pelo que o pagamento de propina não constituía em regra uma carga muito pesada no orçamento familiar. Além do mais, um qualquer estudante universitário à época podia facilmente dar aulas, explicações ou até ter um emprego que funcionava já como antecâmara da sua profissão futura, algo que hoje não existe de todo. Curiosamente, tenho aqui em frente um amplo inquérito aos estudantes universitários produzido pela Juventude Universitária Católica em 1967 e - entre práticas, atitudes, preocupações, gastos e condições de vida - não há uma palavra sobre as propinas. Os problemas eram outros e não eram menores; mas não queiram, a posteriori, impingir mais esse drama ao jovem lutador que um dia se foi.

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Protesto de estudantes surpreende Sócrates e Mariano Gago
14.SET.2010
Fernando Basto, JN

O primeiro-ministro José Sócrates e Mariano Gago, ministro da Ciência e Ensino Superior, foram surpreendidos, hoje, terça-feira, no Porto, por uma manifestação de estudantes durante a sessão da abertura do ano lectivo no Ensino Superior Técnico. Cerca de uma dezena de alunos da academia portuense subiu ao palco, onde leram um comunicado de protesto contra a política educativa. As tentativas de os retirar do palco resultaram infrutíferas.

Logo no início da sessão do arranque do ano lectivo do Ensino Superior Politécnico, no auditório do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)., três alunos subiram ao palco sem que ninguém contasse e anunciaram a atribuição de uma "medalha" ao ministro Mariano Gago que serviria para assinalar o facto de Portugal ser dos países da Europa em que as famílias mais gastam com a Educação.

De seguida, desceram do palco e entregaram a "medalha" ao ministro, que a recebeu em mãos, estupefacto. De regresso ao palco, os estudantes leram um comunicado - distribuído depois entre os presentes - em que protestavam contra o aumento das propinas, os empréstimos bancários para a frequência do Ensino Superior e carências a nível da acção social escolar.

Na parte cimeira do anfiteatro, uma dezena de estudantes empunhavam um cartaz onde se "Gago, quanto pagaste de propinas?". Os estudantes aceitaram abandonar a sala após pedidos insistentes por parte dos órgãos directivos do Instituto Politécnico do Porto.

Nuno Moniz, um dos estudantes envolvidos na manifestação - todos de instituições portuenses do Ensino Politécnico - disse ao JN que "o início do ano escolar é a altura ideal para dizer não à política governamental", precisando que a causa principal do protesto radica no "congelamento do processo de atribuição de bolsas de estudo aos alunos do 1.º ano alegadamente por os critérios de atribuição ainda não terem sido definidos".

Durante o seu discurso, Mariano Gago acabou por responder aos protestos. Recordou que o valor das propinas é, hoje, igual ao que era cobrado em 1942, altura em que ele próprio frequentou o Ensino Superior. "O valor progrediu seguindo as taxas de inflação. E atendendo ao facto de o rendimento per capita ter triplicado, as propinas são, hoje, bastante mais inofensivas do que eram no meu tempo", realçou.