quarta-feira, 8 de outubro de 2008

o fenómeno da "praxe social"

Para os defensores da "praxe", os tempos são de dificuldade: o Mariano Gago avisa que as pessoas que praxam e as que não prestam auxílio têm que ter atenção ao que fazem; proíbem-se as praxes dentro do Técnico (IST), de Ciências (FCUL) e agora também talvez no Algarve.

Por isso é preciso inventar outras formas de manter as hierarquias e os vários poderes, sem que as pessoas "lá em casa" achem muito mal o que se vai fazendo a quem acaba de entrar no ensino superior.

Depois da história da doação de medula óssea e da limpeza da praia, aparecem hoje mais duas "praxes sociais": a limpeza da mata (que já repete o sucedido no ano passado) e a plantação de 8 (oito!) árvores e a gincana contra os comportamentos de risco.

Ficam várias perguntas por fazer. Nomeadamente esta: estas praxes chamam-se praxes? e porquê?

Talvez isso nos ajude a pensar no assunto e a encontrar outras perguntas. E talvez essas perguntas evitem a necessidade visceral de dizer "os alunos só são praxados se quiserem".

Nós, por aqui, vamos procurar mais perguntas. E procurar possíveis respostas.
Porque quando as coisas mudam, nós mudamos com elas (ou será ao contrário...?).

5 comentários:

Anónimo disse...

Boas!

vejo que quem escreve este blog sente uma frustração, talvez até seja um sociopata ou será alguém que só come, trabalha e dorme??

Só tenho 4 mensagens a deixar-te

1º fui caloiro e neste momento sou praxante, estou em LEI, na universidade do minho e somos conhecidos pela praxe mais dura, mas a melhor como é obvio, se tiveres duvida em relação a quem gosta, pergunta a qualquer caloiro que lá esteja se gosta ou não, além disso pergunta a qualquer membro desta nossa grande academia se voltavam a ser praxados e qual a maior recordação que guardam.

2º o ano passado fomos proibídos de praxar uma semana e os próprios caloiros auto-praxaram-se!

3º Existem duas maneiras de se tirar um curso, a rir todos os dias e com imensos amigos todos juntos em brincadeiras na praxe, ou entao casa universidade e casa novamente!

4º e por ultimo, se tiveres duvidas em alguma coisa destas anda ca a braga, terei todo o prazer de falar contigo, terei todo o prazer de te por a falar com qualquer uma das hierarquias de praxe aqui presentes..

Sabes qual é o teu problema??
é que se chegas-te a ser caloiro, se é que tives-t inteligência para tal uma rapariga deu-te com os pés e tiveste que te masturbar durante o resto da tua vida!!! tas desculpado, eu compreendo. e ficas sabendo que te apoio nos momentos mais dificeis!!!

viva as tradições académicas, viva a praxe..

serraleixo disse...

Isto é tão rídiculo que acho que devíamos mesmo ir a Braga. eheh
Uma pergunta ao d. timorense: O que queres dizer com serem «conhecidos pela praxe mais dura»? O que quer dizer praxe dura? Importas-te de descrever um pouco todas as coisas que fazem durante a praxe?
E quanto a fazer amigos... eu faço-os de outras maneiras. Digamos: mais de igual para igual...

J.Pierre Silva disse...

Convido a ler e comentar o seguinte artigo (e outros relacionados) em:

http://notasemelodias.blogspot.com/2008/09/notas-sobre-praxes-e-praxe.html

Com os melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

Ah!Ah!Ah!
Confesso que, quando comecei a ler o comentário do "Timorense", pensei que não ía responder e que era só mais um daqueles argumentos que sabemos de trás para a frente.
E é, mas o parágrafo final é tão vulgar, tão vulgar, que não resisto a responder-te, Timorense.
Por acaso o post foi feito por uma pessoa que até escolheu ser praxada há uns anos atrás, que até faz muito mais coisas do que ir da faculdade para casa e vice-versa, que não tem nada contra as pessoas se masturbarem se quiserem (talvez seja uma maneira mais respeitável de libertar energias do que gritar a outras TU VAIS SER MINHA AMIGA PORQUE EU ESTOU A DIZER QUE VAIS!!!)
Aliás, quando se tem vontade, qualquer coisa é boa para se fazer: masturbar ou fodercom companhia (ou companhias), ir ao cinema ou ver um filme em casa, ir à aula de geoquímica ou ao debate sobre a poesia de álvaro de campos, ir para um café cheio de fumo beber umas imperiais ou convidar "a malta" a ir lá para casa beber uns vinhos do Porto, ou uma quantidade infindável de outras coisas que se podem escolher fazer. Mas fazê-las respeitando as vontades (vontades reais e não vontades inventadas como moeda de troca para o convívio) das pessoas que as querem fazer connosco.

Se eu um dia for aí a braga e quiser "beber um copo" (ou um café) contigo - coisa com a qual não tenho qualquer problema, aliás - tenho a certeza de que ias gostar. Sabes porquê? Porque eu iria conversar contigo como converso com as outras pessoas, porque não sou preconceituosa ao ponto de dizer: "se tu fazes coisas que eu considero condenáveis, és um palerma e nem sequer tenho paciência para olhar para a tua cara, quanto mais sentar-me à mesma mesa que tu". Porque eu gosto de pessoas e não sei dar-me com elas dessa forma desigual e desumana.

Só para terminar... a pessoa que escreveu o post fui eu. (Tenho quase a certeza que se tivesses pensado que as pessoas do género feminino também escrevem posts, não terias escrito a parágrafo final da mesma forma. Tenho quase a certeza que imaginares um rapaz/homem a masturbar-se não tem, para ti, o mesmo significado que imaginares uma rapariga/mulher.)

P.S. Já me ía esquecendo... por acaso já houve uma rapariga que me deu com os pés... também tenho quase a certeza que a tua conta é bem maior... ;)

Anónimo disse...

Fantástico!! De facto faltam os detalhes, e já agora as fotos, das ditas "praxes mais duras"...
E essa, de "os caloiros se auto-praxarem" (auto-flagelarem) é mesmo fantástica!
Aguardamos detalhes e fotos. Para poder ir assistir a essa nova atracção de Braga, essa Via Crucis outonal.
Será preciso reservar hotel?

A.A.