quarta-feira, 1 de outubro de 2008

50 alunos do politécnico assistidos no hospital com problemas gastrointestinais



Bragança

Cinquenta alunos do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) foram hoje assistidos na urgência da unidade hospitalar de Bragança com problemas gastrointestinais de causas ainda desconhecidas




Segundo confirmou fonte hospitalar à Lusa, 50 estudantes foram atendidos na urgência, mas apenas três ficaram em observação para receberem soro, por se encontrarem mais debilitados.

A fonte esclareceu ainda que «nenhum dos estudantes apresentava desidratação ou problemas de maior» e que «alguns procuraram assistência hospitalar mais por precaução, perante os sintomas dos colegas».

Vómitos, diarreias, febre, arrepios e cólicas eram alguns dos sintomas que vários alunos, a esmagadora maioria caloiros, começaram a sentir ao início da manhã de hoje, segundo contou à Lusa Filipa Carvalho da Associação Académica do IPB.

A maioria dos afectados frequenta a Escola Superior Agrária, de acordo com outras duas alunas, que acompanharam os colegas ao hospital, Elisabete e Sandra Pinto.

Segundo contaram, os alunos com sintomas jantaram, terça-feira à noite, na cantina do politécnico e por terem este facto em comum, inicialmente suspeitou-se de uma intoxicação alimentar.

O administrador dos serviços sociais do IPB, Osvaldo Régua, disse à Lusa que esta possibilidade está a ser averiguada, mas mostrou-se convencido de que é «remota».

No jantar de terça-feira, segundo disse, foram servidas quase 600 refeições e apenas um número reduzido de alunos acordou com os sintomas.

«O próprio pessoal da cantina comeu o mesmo e não apresenta qualquer problema», afirmou.

Mesmo assim, o IPB enviou para análise laboratorial amostras da comida servida, nomeadamente amêijoas, que serviam apenas de acompanhamento ao prato principal, mas que surgiram no topo das desconfianças dos alunos.

O administrador garantiu que a cantina está sujeita a «um processo rigoroso de controlo» pelo que considera «estranhoque o problema esteja relacionado com a refeição».

Acredita mais na hipótese de uma virose por a maioria dos alunos afectados serem caloiros da Escola Superior Agrária, que, no momento, participam nas praxes com rituais, nomeadamente em lameiros e noutros locais em que podem ficar expostos a este tipo de situações.

Lusa / SOL


A praxe é saudável! Principalmente para os alunos do 1º ano que vão mergulhar voluntariamente na lama enquanto os doutores assistem.

- Youri Paiva

2 comentários:

serraleixo disse...

Agrária refuta acusações
A Comissão de Praxe da Escola Superior Agrária de Bragança (ESAB) refuta as acusações dos responsáveis do Instituto Politecnico de Bragança (IPB), de que os alunos que foram assistidos no hospital, devido a uma alegada intoxicação alimentar, que a mesma tenha sido causada por actividades ligadas à praxe académica.

Elisabete Pinto, da Comissão de Praxe da ESAB, afirma que não houve qualquer praxe na noite anterior ao aparecimento dos primeiros casos.
A aluna explica ainda que, ao contrário do avançado pelo Gabinete de Imagem e Apoio ao Estudante do IPB, não foram só alunos da ESAB e da licenciatura de Biotecnologia, nem só caloiros, a apresentar sintomas de intoxicação alimentar.
Um aluno da Escola Superior Agrária de Bragança foi internado e só saiu esta manhã.
Recorde-se que um grupo de alunos do Instituto Politecnico de Bragança apresentou esta quarta-feira sintomas de uma intoxicação alimentar.
O IPB avançou que teriam sido exclusivamente alunos da ESAB e que a origem estaria na praxe academica. Informação agora recusada pelos responsáveis pela praxe da Escola Superior Agraria de Bragança.

em http://www.rba.pt/news.php?extend.2276

Anónimo disse...

Comentando "Apraxe é saudável! Principalmente para os alunos do 1º ano que vão mergulhar voluntariamente na lama enquanto os doutores assistem"

A vossa mente só olha para nós como uma hierarquia, em que nós, pastranos, veteranos e doutores estamos em cima e os caloiros em baixo. Mas não vêm, ou não querem ver, as coisas como são. Falo por experiência da minha faculdade, em que até podemos por os caloiros a mergulhar na lama e ficamos de cima a assistir mas existem sempre duas coisas que acontecem a seguir e vocês já não vêm e não se lembram:
1º Nós todos já fomos caloiros e já fizemos exactament o mesmo
2º muitos de nós primeiro assiste e depois junta-se ao caloiro.
Um exemplo deste último: na minha faculdade os caloiros sao batizados no lago, mas depois os próprios batmens (cm vocês carinhosamente nos chamam)vão para o lago com eles, porque afinal a praxe é apenas um forma de diversão e integração, e no fundo somos todos iguais, porque Deus assim nos fez.