(de O Mirante online)
Estudantes protestam contra proibição de praxes na Agrária
O presidente da Escola Agrária diz que os estudantes não cumpriram o que estava acordado. Na Escola de Enfermagem também não houve praxes, por decisão dos estudantes.
A direcção da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) proibiu as praxes aos caloiros neste ano lectivo, o que motivou um ruidoso protesto de alunos daquela e de outras escolas durante a sessão solene de abertura do ano lectivo do Instituto Politécnico de Santarém. Uma cerimónia que decorreu no dia 24 de Outubro no auditório da ESAS ao mesmo tempo em que cá fora algumas dezenas de alunos entoavam canções e passavam de mão em mão bolas feitas de bosta.
Alguns “exageros” terão estado na origem da decisão, mas o presidente da direcção da escola preferiu não entrar em pormenores. Jorge Justino apenas confirmou ao nosso jornal que as praxes foram efectivamente canceladas. O responsável diz que os estudantes não cumpriram o acordo estabelecido previamente com a direcção da ESAS sobre o desenvolvimento dessas actividades. Uma linha de orientação que havia sido aprovada após reuniões entre as duas partes e onde terão sido estabelecidos alguns limites para evitar situações desagradáveis como a que redundou na condenação de alguns alunos em tribunal após queixa apresentada por uma caloira.
Ana Paula Graça, presidente da Associação de Estudantes da Escola Agrária, também não quis especificar que exageros estiveram na origem da decisão e garantiu que os estudantes vão continuar unidos nos protestos em prol das praxes. Nesse dia, à falta de caloiros, alguns alunos veteranos da ESAS simularam praxes entre eles, onde não faltaram as bolas feitas de bostas de vaca que circularam de mão em mão. Os alunos da Agrária não vão participar no desfile do caloiro, que agrega todas as escolas do IPS, em sinal de protesto pela suspensão das praxes.
Na Escola Superior de Enfermagem de Santarém também não houve praxes este ano, por decisão da associação de estudantes e da comissão de praxes. O presidente da escola, José Amendoeira, garantiu ao nosso jornal que essa foi uma decisão dos estudantes e que não houve qualquer proibição ou imposição por parte da direcção da escola, para além dos limites que devem existir nas actividades de integração dos novos alunos.
No entanto, na sessão de abertura do ano lectivo do Politécnico de Santarém, o presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem, João Diogo Gonçalves, falando em nome de todos os alunos do IPS, tinha deixado o apelo às direcções das escolas para serem sensíveis às reivindicações dos alunos em nome das tradições académicas.
“Deixo o apelo a todos os órgãos directivos das diferentes escolas e do próprio Instituto Politécnico para que sejam sensíveis na forma como lidam com esta questão, pois acredito que todos querem chegar a um entendimento. E aos estudantes apelo que sejam responsáveis na forma como manifestam os vossos pontos de vista mas nunca desistam de defender aquilo em que acreditam. Não se deixem levar pelo conformismo e lutem por estas tradições que unem os estudantes” [não é contradição? a praxe é conformista e conservadora...!], disse João Gonçalves, que foi muito aplaudido por dezenas de estudantes do IPS que entraram no auditório quando começou a falar.
3 comentários:
Sim, acho que é uma con-tradição. A praxe é conformista e conservadora.
MARIA MACEDO
sou a MÃE do Diogo Macedo.
Venho agradecer os vossos comentarios. e dizer-vos que não vou parar..só descanso quando vir esses selvagens e sem excepção,, sentados no banco dos reus e condenados.. só assim farei o meu luto..
thyrs, conhecias bem o diogo? que achavas do diogo?diz que depois te respondo.
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