terça-feira, 6 de outubro de 2009

Não existem diferenças nenhumas entre os estudantes, um trajado é a mesma coisa que um não trajado, ora essa!

Mas a tuna A Feminina (da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa) rejeita essa ideia de igualdade. Os bilhetes para o Traçadinho - Festival de Tunas Femininas variam, ainda que apenas 50 cêntimos, para quem vai trajado e quem não vai trajado. Qual é a lógica disto?

23 comentários:

Sir Giga disse...

Não é discriminação negativa, mas sim positiva. É na mesma discriminação? Sim, mas não com intenções sectaristas, como quereis fazer crer. Nem toda a discrminação é má...

Anónimo disse...

LOOL? Nem toda a discriminação é má??? Não acredito naquilo que li.
Toma lá filho,
discriminação
(latim discriminatio, -onis, separação)
s. f.
1. Acto!Ato ou efeito de discriminar. = distinção
2. Acto!Ato de colocar algo ou alguém de parte.
3. Tratamento desigual ou injusto dado a uma pessoa ou grupo, com base em preconceitos de alguma ordem, nomeadamente sexual, religioso, étnico, etc.

serraleixo disse...

A discriminação positiva costuma usar-se para favorecer um grupo que normalmente é discriminado negativamente. Ora, não me parece que seja este o caso.

serraleixo disse...

A discriminação positiva costuma usar-se para favorecer um grupo que normalmente é discriminado negativamente. Ora, não me parece que seja este o caso.

Anónimo disse...

A lógica? TODA.

serraleixo disse...

Chegámos a uma altura em que para se ter lógica basta dizer que se tem. Para se ter razão basta dizer que se tem. Para mandar basta ser veterano...

Anónimo I disse...

Esse anónimo II, não é o anónimo I. esse anónimo dois, dá uma uma resposta sem justificação, logo, meu caro (a), não é algo que seja válido.

Sir Giga disse...

Alguém por favor - até pode ser do MATA - explica ao incrédulo (e ao que parece paternal) "Anónimo I" a consultar o dicionário? Já não é mau que o use para descodificar palavras com mais de três sílabas, mas não sou grande apologista da corrente do "o que conta é a intenção".
Caríssimo, nem por transcrever o sentido literal (no dicionário costuma ser o primeiro) da palavra é capaz de a entender no contexto em que é utilizada? Acho que aqui alguém nunca foi praxado... Pronto (ou "prontos", na linguagem dos "LOLs", aos quais me dá a entender pertencer) - praxa-se a si mesmo em praça pública, e por opção, como deve ser.
Seja como for, vamos acreditar que o/a bem intencionado/a menino/a anónimo/a pratica todo o tipo de discriminação diariamente e diferencia no trato - e não só - a família dos estranhos, os amigos dos conhecidos, "Estrada da Beira" da "beira da estrada", e que quando vai à FNAC, perceba porque os clientes fidelizados (os que tem cartão)tem mais vantagens do que os outros.
Um grande Laughing Out Out Loud (nunca percebi a repetição do "out", na sigla) para ele também, não vá sentir-se discriminado(no sentido pejorativo, entenda-se).

Miguel Sousa disse...

Que grande anormal.

Pedro Almeida disse...

quer dizer... existe um dicionário de português com o significado das palavras. mas estas mudam de significado de acordo com o contexto utilizado....

brilhante justificação para um caso claro de descriminação

p.s.- se a palavra descriminação tivesse uma conotação positiva, não seria necessário acrescentar "positiva", né...?

Unknown disse...

A minha estupfação consegue tropeçar em tão grande chorrilho (ou será xorrilho? Não tenho dicionário à mão...) de disparates ou mesmo asneiras!

Começando por analisar o tópico... Parece-me estranho ver alguém do MATA tão interessado como isso em assistir a um encontro de Tunas. Mas.... afinal vocês não são contra isso? Secalhar era melhor ir comprar umas latiras de spray para fazer mais uns artísticos grafitties à porta do síto onde era o tal encontro de Tunas.

Por praxe, entende-se TODO o conjunto de Tradições Académicas, nas quais se inclui o tão enfatidizado receber dos caloiros. Estar trajado, é Praxe, cantar uma serenata em tuna, é Praxe, ir a uma benção das pastas, é praxe... Mas secalhar nem isso deviamos fazer pois é uma cerimónia de indole católico e todos os que não o são devem sentir-se marginalizados... É discriminação! Sem dúvida!!! Tal como de qualquer forma as Semanas Académicas, Semanas do Caloiro, Latadas e afins o devem ser... cheira-me...

Secalhar era melhor aproveitarmos este espaço que o MATA tão amigavelmente nos disponibilizou para lançar para a Praça Pública outras discriminçõe que acontecem todos os dias e secalhar muita gente não está lembrada...

Eis umas sugestões que podiamos seguir:

1ª. Quando formos ao Continente dar mais uns euritos ao Belmiro de Azevedo (que a propósito tem dinheiro como o raio e não é igual a nós por isso, como tal é discriminação! Também quero ter uma SONAE!!!) para comprar as nossas latitas de spray para os nossos grafitties, e a senhora da caixa disser - "são 10€ e 40 centimos, tem Cartão Continente?" Devemos responder prontamente -"Não, mas também quero o desconto, pois somos todos iguais e eu também tenho o direito!"

2º. Quando os teus pais forem comprar os livros escolares do teu irmão mais novo e na papelaria perguntarem se tem escalão, devemos prontamente refilar e mostrar o nosso direito à indignação. Se há escalão com descontos, tem que ser para todos! Diz não à discriminação!

3º. Quando na próxima 5ª feira saires para ir à discoteca e na entrada te derem um cartãozito azul, pois és rapaz e como é Ladies Night só elas levam o cartão cor-de-rosa que dá direito às tais 5 o 6 bebidas "à pála", refila e diz que também tens direito! És igualzinho a uma rapariga e também tens direito às tais bebidas de borla. Ou então faz como eu... não vás pois não gosto que me discriminem...

Mas... sendo assim...quem me obriga a ir às praxes??? Qum me obriga a trajar? Quem me obriga a ir às Tunas? Quem me obriga a ir à Benção das Pastas? Quem me obriga sequer a ter uma pasta para benzer??? Que raio de coisa que é esta tal PRAXE!!!

A propósito... o MATA ao querer impor o fim das praxes não estará a ser ele próprio como os praxadores??? A querer impor? Não estará ele a querer impor a "sua lei" ao querer acabar com a tradição que eu apreendi com tanto gosto e que tanta alegria me deu? Não teremos nós direito a escolher o que queremos para nós???

Há coisas fantásticas, não há?

José Rainho, "belhote"

Unknown disse...

A propósito, o meu dicionário diz sobre discriminação:

Discriminar - "fazer uma distinção".

Não diz se é negativa ou positiva a não ser lá mais para a frente... tal qual uma crítica que pode ser negatíva ou positiva... Não gosto de alinhar em pin-pongues, mas vi-me na obrigação de o fazer, pois acho que estas confusões e agressões são meras "tacanhices" de quem não tem mais argumentos lógicos a esgrimir... Quando não conseguimos derrotá-los com a lógica, encontramos ali alguma coisa menos explícita para continuarmos a batalhar com razão...

Por esta óptica, discriminar pode ser sinónimo de beneficiar de acordo com o contexto. Sim, de acordo com toda e qualquer gramática de Língua Portuguesa, o sentido de uma palavra pode mudar radicalmente de acordo com o contexto em que se insere amigo Pedro.

Porque é que eu li este blog... tou a começar a ficar viciado...

Abraço a todos

José Rainho "belhote"

Diana disse...

3 pensamentos:

1 - A discriminação de que aqui se fala só pode ser vista como "positiva" para quem tem traje. Não sei como pode ser considerada positiva para quem tem de pagar mais.

2 - Não me parece mesmo nada que só as pessoas do MATA sejam as únicas que não têm traje... Se reparares quem tem traje, apesar de tudo, continua a ser uma minoria no seio de todos os que estudam.

3 - Acho interessantíssima a comparação da discriminação de quem tem traje ou não feita pelas praxes com a diferença entre quem tem cartão FNAC ou Jumbo ou Continente quando vai às compras. É terrível (e ainda bem que o revelam tão facilmente) que vocês vejam a relação entre as pessoas e os amigos como igual à relação multinacional - cliente. Brutal.

Pedro Almeida disse...

Ao amigo belhote:

pode-se mudar o sentido, como frisaste e bem. mas não o significado. por isso é que escrevi "significado".

p.s.- já estava à espera desta resposta, mas pensei que ainda se dessem ao trabalho de descortinar as difenreças entre significado e sentido de uma palavra... pelos vistos não.

Unknown disse...

Quando não podemos esgrimir argumentos lógicos pois os nossos não tem lógica, tentamos concentrar as nossas atenções em aspectos mesquinhos de modo a tentarmos levar a taça! Não é isso que está em causa... o que está em causa é que podemos "descriminar positivamente", certo?

E a propósito... menina Diana, quem não tem traje, ou não lho apetece vestir, não paga mais! Quem o vestir é que paga menos. De certeza que à minha mãe (que a propósito ainda tem o seu traje) não lhe apeteçe tirá-lo do meio da naftalina para pagar menos 50 cents. A questão não se põe com o pagar mais mas sim com o pagar menos.

Em relação a um numero imenso de pessoas não ter o raje, não sei se posso concordar com o que dizes... Penso seres da Academia Lisboeta, certo? A última vez que vi uma Benção das Pastas na Cidade Universitária fiquei mesmo boquiaberto com o número de pessoas trajadas presentes, o que me deixou mesmo muito feliz pois a maioria parece ser mesmo pró-praxe, visto que o Traje Académico faz parte integrante e principal daquilo que é a Praxe e a Tradição Académica. Foi um espectáculo muito bonito.

A minha comparação com o Cartão Continente é um caso (OK pode ser um pouco irónico) que serve de comparação perfeitamente bem. E se passares para o Cartão Jumbo que necessita de uma data de trâmites legais e de numeros de contas bancárias e que envolvem transferências, etc, ainda mais perfeito é, desculpa-me discordar de ti...


José Rainho "belhote"

Pedro Almeida disse...

"belhote", começas por chamar a alguns dos comentários "meras tacanhices" (entre aspas porque a cordialidade é que é, com um bocado de sorte entras no grupos de pessoas que se auto-considera moderado), e seguidamente vens falar da ausência de argumentos para levantar a taça (curiosamente, este é sempre o teu principal argumento, que os outros não têm argumentos). depois dizes que nada disso interessa. ora se nada disso interessa, porque é que bates nessa tecla? santa "tacanhice".

isto tudo marcado por um tom "cordial". deixa-me dizer-te que a capa (não a batina ) da "cordialidade" não te está a assentar muito bem, também sei falar com aspas.

"A questão não se põe com o pagar mais mas sim com o pagar menos"

nada mais errado, esta ideia consiste numa subversão do princípio subjacente ao post (falava-se da falta de argumentos, olha eles aqui). a questão é mais simples que essa, "amigo" belhote. resume-se ao facto de estudantes pagarem preços diferentes (ainda que simbólicos, mas diferentes) para um acto que, pretenciosamente, serve TODOS os estudantes. ora e se eu não quiser utilizar traje, porque é que tenho que pagar mais? não sei, devo ser muito "tacanho" para não conseguir perceber o porquê isto.

a propósito, o MATA defende o fim das praxes, mas não defende a proibição nem o fim pela imposição. essa é uma ideia feita de quem normalmente desconhece por completo o que é o MATA e os seus princípios.

pessoalmente acredito que com a existência de outras actividades nos espaços da escola, com uma real oportunidade de escolha e não com uma actividade formatada, repetida e repititiva ao longo do tempo, a praxe terminará naturalmente. é a falta de oportunidades e actividades (noutras palavras, a falta de ESCOlHA)que perpétua e mantêm o status quo.

basta ler isto, que é um bom exemplo do que digo:

http://blogdomata.blogspot.com/2009/10/opiniao-de-manuel-caldera-cabral-sobre.html

E essa suposta liberdade de escolha em participar ou não na praxe, também é outro chavão repetido até à exaustão. quando metes os pés pela primeira vez na faculdade e saltam-te para cima de ti, feito vampiros à procura de sangue novo, pressionando e coagindo para aceitares a praxe, com os típicos argumentos da "ausência de amigos", "não vais ter apontamentos", o (e este é muito bom) "não podes usar o traje" (mas quem são voçês para decidir o que eu visto ou não?!?!?), e outras pérolas afins. Ou és muita teimoso e bates o pé e tiras as mãos que te tentam pintar e afins contra a tua vontade, ou facilmente és engolido pela urbe. e vamos lá ser sinceros, todos nós passámos por isto, até eu, portanto sim, sei do que estou a falar. e podemos entrar por aí adentro e desmascarar outras falácias da praxe, mas a "taça" em questão é a discriminação, e só quem é cego ou duro de compreensão é que não percebe o que isto é um exemplo claro e básico de discriminação.

André disse...

Infelizmente as praxes só terminarão se houver uma séria imposição, já que uma boa parte é demasiado patega para conseguir enxergar onde isto leva ou acabar as praxes a bem.

Já levou à morte dum aluno. E já levou a cenas dignas da pobreza de espírito das pessoas que praxam como infelizmente acontece na Universidade de Évora...

Enquanto houverem praxes é apenas uma questão de tempo para que mais abusos aconteçam e alguém saia magoado. Querem terminar com os abusos terminem com as praxes DE VEZ!

E para quem possa achar esta medida extrema, pensem bem antes de a refutar, porque as praxes nunca foram, não são nem nunca serão algo de imprescindível numa Universidade ou na nossa vida em sociedade.

Anónimo disse...

Ilustres "Matistas":

Desistam. Não percam o vº precioso tempo a querer algo perfeitamente utópico. Não conseguirão mais do que a meia-dúzia de "carneirinhos" que vocês conseguem arrebanhar com a vossa "praxe politica" a reboque do berloque. Não concordam com a Praxe, muito bem, é para o lado que durmo melhor. Estou-me nas tintas para o facto de os anti-praxistas o serem; mais, estou-me nas tintas para o facto de fumarem umas ganzas, andarem a gritar contra touradas, rodeos ou a favor da tributação de telemóveis. Estou-me borrifando para o que vocês acham ou deixam de achar. Como Praxista espero - e desejo, para lá de aconselhar - que ninguém me incomode um dia com cretinices estalinistas. Brinquem, pois, no vosso jardim-infantil e deixem em paz quem brinca noutros jardins infantis. Chama-se a isso Democracia, algo que os anti-praxistas não percebem porque a recusam, não aceitam e querem que outros sejam assim. Porreiro, pá, arrebanhem lá a vossa malta! Mas queiram ou não queiram haverá sempre Praxe. Gostem ou não gostem.

Agora continuem lá com o vosso circo transgénico-anti-praxe! Na boa!

Diana disse...

Precisamente, nós não queremos arrebanhar ninguém - é por isso que somos contra as praxes. Não pensamos dessa forma, percebes? Pelos vistos tu só consegues ver as coisas dessa forma.

Em segundo lugar, nós não criámos o MATA para tu dormires pior.

Terceiro, é delicioso ver como és preconceituoso e achas que qualquer pessoa que se envolva numa luta ou que faça um grupo de acção e reflexão fuma ganzas, é contra as touradas, os rodeos e a tributação dos telemóveis... Ahahahah! Assim não vais longe. Quantas gavetas tens na cabeça! Eu chamaria a isso o contrário de inteligência e o teu discurso parece-me uma verborreia contínua de quem não quer discutir nem pensar sobre as coisas. Então para que vens aqui escrever? Alguém te obrigou a isso? Se te estás a borrifar para o que achamos, por que vens ao nosso blog? Andas irritado com alguma coisa da vida... ou não tens nada que fazer...?

Repito - porque tu o repetes: nós não queremos arrebanhar ninguém. Tu é que só vês o mundo dessa forma: arrebanhar pessoas. É por isso que o MATA existe. Estamos fartos de pessoas que arrebanham pessoas. E somos inteligentes para perceber que não se luta contra isso arrebanhando pessoas também.

Só para terminar...

Meu caro a praxe nem sempre existiu, e tirando o caso de Coimbra, só existe no resto do país há 20 e poucos anos. E por discursos como o teu, vê-se que está em franco declínio.

Anónimo disse...

Eu até me incomodava a escrever com a mesma intensidade que a Diana o fez, mas só digo o seguinte:

Cobardes que insultam anonimamente não têm credibilidade para falar sobre o quer que seja.

Amadeu Mendes disse...

tuna = espirito académico = promover o uso do traje

acho que não é muito dificil perceber a razão da tuna A feminina fazer desconto para quem vai trajado :)

Ruca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ruca disse...

Ana - "Querem terminar com os abusos terminem com as praxes DE VEZ!"

Espectacular, não sabia que era assim tão simples. Assim também sou a favor de acabarem com as praxes, se realmente acaba com os abusos! É que eu ia jurar que na escola onde andei, violaram uma rapariga numas bancadas em plena luz do dia, e eu ia jurar que lá não haviam praxes.. se calhar havia ou não? não sei já bem, tou confuso.

Depois, saindo um pouco do contexto, já algum de vocês se perguntou, porque é que quando vão ver um jogo do Benfica pagam mais que os sócios ou eles pagam menos?

Acho que o sr. Amadeu dá talvez o maior motivo, embora esta não seja a única via. ( mas ás tantas foi por isso que mais ninguém respondeu).


E só mais uma coisa, isto é o blog do MATA, ou é o Blog Oficial da Língua Portuguesa?


P.S: Eu sei que só vim desconversar, mas neste blog nunca mais se começa a discutir as coisas com conhecimento de causa...