sábado, 24 de outubro de 2009

Calúnia? Será?

A praxe está sempre certa e quando não está é porque não é praxe. Esse é o argumento típico de qualquer proeminente praxista em relação aos casos mais violentos e abusivos, aqueles que claramente são uma violação dos direitos individuais, que impliquem um nível mais extremo de violência física e até psicológica. Mas agora existe uma nova desculpa: têm que suspender a praxe para travar a calúnia.

A Associação Académica de Viseu decidiu suspender a praxe até 8 de Novembro, que é quando começa a semana do caloiro, devido às notícias que têm aparecido sobre as comissões que os excelentíssimos "doutores" ganham quando obrigam estudantes do 1º ano a embebedarem-se em determinados e simpáticos bares.

Vamos então por partes:

1. Existem denúncias, naturalmente anónimas (a praxe mete medo a muito estudante - e isto é um facto), de que os sertórios (aka membros do Conselho Viriato) levam os colegas do 1º ano para os bares com os quais o Conselho Viriato tem acordos. Esses acordos implicam, para além da presença nesses bares, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, ficando os sertórios com uma parque do lucro do bar. Exploração óbvia.

2. A Associação Académica de Viseu suspende as praxes para travar a "calúnia, difamação e ataques pessoais" e que põem em causa o bom nome da instituição.

3. Ana Pinto, líder do grupelho Viriato, com 10 matrículas (deve ser da praxe profissional), merece toda a confiança por parte da AAV. Aliás, põem "as mãos no fogo".

4. Se isto tudo fossem calúnias porque é que decidem ir pela suspensão? Se não há nada a temer nem a esconder continuavam com os mesmos comportamentos acéfalos. Sinceramente, parece que os comportamentos acéfalos dão demasiado lucro. Mais vale deixar a poeira assentar, não é?

10 comentários:

Anónimo disse...

Acredito que os veteranos lucrem com o consumo nos bares. agora, dizerem que os caloiros sao obrigados a beber ate me faz rir!fui paxada no ano passado, no melhor ano da mnha vida!nca gastei um centimo num bar e nao deixei nenhuma cadeira para tras. por isso, ngm obriga a nada!cda um pensa pla sua cabeça, pois os caloiros ja têm idade para isso!so tenho mais uma coisa a dizer!tirando essa noticia dos lucros k os veteranos têm, posso dizer que se em todas as universidades as praxes fossem como no ipv nao havia processos em tribunais.

Anónimo disse...

Td isto n passam de especulaçoes. É obvio que em tertulias academicas os bares contribuem com alguma coisa, mas estas verbas vao para a AAV e nao para particulares. Sou aluno desta instituiçao e no meu tempo de caloiro nunca ninguem me obrigou a consumir em bares. Tenho acompanhado os caloiros em bares e festas nocturnas e até agora nunca vi ninguem a obriga-los a consumir nem a beber.
Arrisco ainda a dizer que temos a melhor praxe do país!!

j_cRx disse...

para incultos como pessoas do MATA, que pegam em noticias fora do contexto... todo este assunto relativo à Praxe Académica em Viseu, surge duma acção de difamação de uma das casas de entretenimento nocturno! Quem conhecer o ambiente de Praxe em questão sabe bem que não passam de calúnias todas as acusações feitas de momento!

Os núcleos de curso também fazem festas com os seus caloiros, e as verbas remetem para o curso (despesas de desfiles; brindes; viagens de finalistas etc...) e ninguém acusa nada de ninguém, já o Conselho de Viriato que é um Orgão Semi-Dependente da AAV também necessita de patrocinios para poder brindar os caloiros com um Arraial do Caloiro (Comida e Bebida gratuita para os caloiros), um passaporte que permite identificar/ controlar todo e qualquer aluno do IPV desde o seu ano de caloiro até à sua Licenciatura/ Mestrado; todas estas coisas e outras das quais nao me recordo por agora são justificadas com as ditas "festas" em causa...

Sem mais para vos brindar!
Alguem que ainda se importa com a tradição...

Sir Giga disse...

Todos os bares apoiam as comissões de curso ou outras agremiações académicas se se fizerem festas no seu estabelecimento. É sabido, transparente e legal. Fazem-no, aliás, com todo o tipo de associações e movimentos. Se o MATA se lembrar de organizar algum evento que possa dar notoriedade e/ou lucro a bares e discotecas (principalmente nos dias úteis), certamente que terão margem para negociar possíveis contrapartidas por organizar no estabelecimento X e não no Y.
Agora a questão é:

- Anda alguém a apropriar-se indevidamente de dinheiros que deveriam beneficiar todos e não somente os próprios? Se assim for, é caso para investigar e responsabilizar e punir os responsáveis. Não vejo em que isto possa ser um problema exclusivo da Praxe. Mas se o MATA (que percebe tanto de academismo como eu de ponto-cruz) diz que é,então é porque deve mesmo ser, não? O problema é que há muita carneirada que acredita piamente. Mal-praxados, certamente...

Dani Alves disse...

Está claro que o Autor deste post não vive, nem nunca viveu, o Espírito Académico...
Em lado algum se obriga pessoas (neste caso caloiros) a "embebedarem-se em determinados e simpáticos bares.".. ~
Como toda a gente sabe, em qualquer bar existem bebidas não alcoólicas e mesmo que haja consumo obrigatório NUNCA é necessariamente de bebidas alcoólicas!
Desconheço o local onde o Autor sai à noite pra ter que consumir álcool obrigatoriamente.. ;)
Sou aluna do ISPV, com muito orgulho, e fui praxada o ano passado. Qualquer pessoa que o tenha sido na nossa academia poderá confirmar e mostrar a pessoas como o Autor que tudo não passa de calúnias e mentes infantis sem muito que fazer e com que se preocupar. Os meus sentimentos por isso. :)

Anónimo disse...

Pena que as pessoas a declararem as calúnias e "mentes infantis" não o façam directamente ao jornal e aos jornalistas.

Porque, e recordando outro caso idêntico: se estão a ser caluniados denunciem o jornal às autoridades competentes.

A menos que o que tenham feito não esteja assim tão longe da verdade como querem fazer parecer.

Anónimo disse...

In vino veritas? Ou Ensino (POUCO) Superior?

A.

Anónimo disse...

Acima de tudo, ainda bem que institucionalmente alguns orgãos dentro das instituições tomam uma posição clara sobre um tema que insulta e rebaixa o dito Ensino Superior. Mas creio que enquanto um presidente de um IP ou reitor não forem à barra do tribunal, por silêncio cúmplice e inacção, a coisa não assume outra proporção. Que se cuidem que um dia pode acontecer...

http://anti-praxe.blogs.sapo.pt/

J.Pierre Silva disse...

Faria o reparo à imprecisão do artigo. A Associação Académica de Viseu pertence à Universidade Católica de Viseu, não sendo de confundir com a Associação Académica do ISPV, coisas distintas.

Conheço pessoalmente a academia viseense e jamais ouvi falar em coação para embriagar caloiros, daí que seja prudente acautelar a possibilidade de se estar a difamar ou levantar suspeitas infundadas.

Quanto à questão dos bares, não é exclusivo de Viseu, a associação e patrocínio de bares e discotecas a eventos estudantis. Não há aqui qualquer ilegalidade.

S, porventura, alguém, ilicitamente, se aproveitar do facto, metendo ao bolos o que nãolhe pertence, certamente que isso é imputável individualmente e não colectivamente, e muito menos à Praxe. Haja o bom senso e a inteligência de discernir e não fazer de caixa de ressonância de especulações.

Apure-se o que houver para apurar, mas não queira o MATA assumir-se juiz e carrasco d euma situação de que não possui prova sou dados concretos.

Unknown disse...

Acho curioso que quando acontece algo na praxe que não é aceitável digam logo que "isso não é praxe". Mas é recorrente na praxe acontecerem estas coisas. Não é separável da praxe quando acontece na praxe.

Já agora para esclarecer: eu fui praxado. Sei bem que há muitas coisas que acontecem, e a questão do consumo do álcool é uma realidade. Nada contra o álcool, também bebo os meus copos, mas bebo-os quando quero.

E dizer que não há ilegalidade em dinheiro debaixo da mesa é um pouco como defender a Fátima Felgueiras.