domingo, 18 de outubro de 2009

Mãe de Diogo Macedo vai requerer re-abertura do processo

Mãe de aluno morto em praxe vai reabrir processo-crime
Por Felícia Cabrita - Jornal Sol

A mãe de Diogo Macedo, o estudante do 4.º ano de Arquitectura que morreu em Outubro de 2001 depois de ter sido submetido a uma praxe violenta na Universidade Lusíada de Famalicão, vai requerer a reabertura do processo-crime arquivado em 2004, à luz de novos dados.

Segundo soube o SOL, Maria de Fátima Macedo deverá requerer a reabertura do processo-crime, arquivado em 2004. No mês passado, a Universidade Lusíada de Famalicão foi condenada ao pagamento de uma indemnização de 90 mil euros à família do estudante de 22 anos, entendendo a justiça que a instituição «não controlou nem evitou as praxes académicas» responsáveis pela morte de Diogo.

O Tribunal Cível de Famalicão deu como provado a 27 de Setembro que a morte de Diogo se deveu a lesões provocadas durante uma praxe violenta nas instalações da tuna académica daquela universidade, na noite em que o estudante decidiu abandonar o colectivo. A vítima esteve sete dias em coma devido a uma hemorragia cerebral causada por uma forte pancada na cabeça, falecendo depois.

Instaurado um processo-crime, dois membros da tuna foram constituídos arguidos e foram inquiridos vários alunos da instituição. Um pacto de silêncio entre as testemunhas da praxe violenta comprometeu a resolução do caso, arquivado em 2004.

Posteriormente, um processo cível deu como provada a morte violenta. Uma das peças que fundamentou o veredicto foi uma reportagem com depoimentos dos antigos membros da tuna Olavo Almeida, Albino Fonseca, Ricardo Nuno, José Afonso Antunes, José João e do médico Luís Cunha Ribeiro (veja os vídeos no fundo da página e leia o artigo seguindo o link), que o tribunal aceitou como prova.

Face a novos dados entretanto apurados e ao veredicto do tribunal de Famalicão, a mãe do estudante vai desencadear a reabertura do processo-crime.

1 comentários:

João Bento disse...

Mais uma vez repito que este caso, NADA tem a ver com a praxe académica. Não misturem...

Cumprimentos...