segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Notícias sobre a manifestação

Publicamos 3 notícias sobre a manifestação de 4ª feira passada, com alguns sublinhados nossos.

Milhares de estudantes concentrados frente ao parlamento
Sol

De acordo com o presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), entre seis e sete mil estudantes do ensino superior concentraram-se em frente à Assembleia da República, na esperança de serem ser recebidos pelos grupos parlamentares e pelo presidente do Parlamento a quem solicitaram audiências.
Durante a manifestação de estudantes, hoje em Lisboa, Miguel Portugal declarou que «para não voltarmos a passar por este tipo de crises, pensamos que deve haver um investimento notório no ensino superior de modo a que haja pessoas mais qualificadas».
O presidente da AAC afirmou ainda que o ensino superior «não é um custo, mas sim um investimento», alertando para a eventualidade de alunos abandonarem os estudos por falta de apoios.
O dirigente estudantil criticou o decreto-lei 70/2010, que altera a forma de cálculo da capitação dos agregados familiares, diploma que os estudantes pretendem ver revogado. Referindo-se a eventuais cortes na acção social escolar, considerou que «é muitíssimo injusto» porque «a poupança não tem de ser feita à custa dos mais carenciados».
O protesto foi convocado pela Associação Académica de Coimbra, mas conta com a presença de estudantes dos politécnicos de Tomar e Beja, das universidades do Porto e Minho e da Faculdade de Ciências de Lisboa, entre outras.
A manifestação ficou marcada pela divisão entre os estudantes.
O presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa, André Caldas, esclareceu que esta estrutura não se juntou à manifestação por o protesto ter sido rejeitado no último encontro nacional de direcções associativas, «não podendo ter pretensões a ser uma manifestação nacional».
Também a Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, revelou que não participa na manifestação «por considerar que os motivos pelos quais foi convocada - o corte nas bolsas de estudo, a iminência de milhares de estudantes saírem do sistema de acção social e, consequentemente, do ensino superior - não se aplicam à realidade actual».

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Ensino Superior: Estudantes fazem balanço positivo da manifestação de hoje e negativo do estado do sector
Público

O presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC) fez hoje um balanço “positivo” da manifestação realizada em Lisboa, pela mobilização dos alunos, mas também “muito negativo”, devido aos problemas “muito graves” que o ensino superior atravessa.
A manifestação do ensino superior público, para contestar os cortes na Ação Social Escolar e o aumento das propinas, entre outros, reuniu hoje entre seis mil e sete mil alunos de várias universidades do país, segundo a organização, e cerca de cinco mil, de acordo com a PSP.
“O balanço que fazemos é positivo e negativo. Positivo porque houve muita mobilização e negativo porque essa mobilização significa que há problemas muito graves em relação ao ensino superior”, afirmou o presidente da AAC, que convocou o protesto.
Os estudantes concentraram-se no Marquês de Pombal e seguiram depois para a Assembleia da República, onde foram recebidos pelos partidos com assento parlamentar.
Segundo Miguel Portugal, os grupos parlamentares “mostraram alguma abertura” para discutir a questão das bolsas de Acção Social, cuja atribuição deverá ser afectada pelo impacto do decreto-lei 70/2010, relativo ao cálculo da condição de recursos dos agregados familiares, que os estudantes querem ver revogado.
“Os objectivos políticos foram também cumpridos, mas se a situação continuar temos a certeza que mais estudantes virão para a rua protestar”, sublinhou o presidente da AAC.
Relativamente aos estudantes da Universidade de Coimbra, Miguel Portugal estima que dos cerca de cinco mil atuais bolseiros “entre 1200 a 1500” vão deixar de receber apoio.
Quando os estudantes ainda se encontravam no Marquês de Pombal receberam o apoio do candidato presidencial Manuel Alegre, apoiado por PS e BE, uma presença que surpreendeu o presidente da ACC.
“Foi uma presença importante para mostrar que é uma luta responsável”, comentou.
Participaram no protesto alunos das Universidades de Coimbra, do Minho, Porto e Nova de Lisboa, das Faculdades de Belas Artes e Ciências da Universidade de Lisboa e dos Institutos Politécnicos de Beja e Tomar, entre outras instituições.

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Ensino Superior: centenas de estudantes protestam em Lisboa
TVI

Mais de 300 alunos do ensino superior público estão a manifestar-se no Marquês de Pombal, em Lisboa, contra os cortes na acção social escolar, o aumento do valor das propinas e o processo de Bolonha.
«Ensino público gratuito de qualidade para todos», «Por mais acção social escolar», «Nunca pagámos tanto por tão pouco» e «Mais financiamento para o ensino superior» são algumas das frases que podem ser lidas nos cartazes empunhados pelos estudantes.
O protesto foi convocado pela Associação Académica de Coimbra, mas conta com a presença de estudantes dos politécnicos de Tomar e Beja e das universidades de Lisboa, Porto e Minho, entre outras.
«É uma situação que toca a todos e que está a ficar cada vez mais grave. A acção social chega tarde e a más horas e as propinas aumentam cada vez mais», afirmou à agência Lusa João Guerra, do Instituto Politécnico de Beja.
A manifestação vai depois seguir para a Assembleia da República, onde os estudantes esperam ser recebidos pelos grupos parlamentares e pelo presidente Jaime Gama, a quem solicitaram audiências.
Cláudio Domingos, do Instituto Politécnico de Tomar, pede ao ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, para «não se esquecer dos estudantes» e questiona «como se sobrevive com 97,5 euros por mês de bolsa», numa crítica aos atrasos no acerto destes apoios.
No local da concentração, no Marquês de Pombal, ainda não se encontram os alunos da Universidade de Coimbra, sendo esperados 3500 estudantes desta instituição.
O desfile até ao Parlamento vai obrigar ao corte do trânsito na Rua Braacamp, Largo do Rato e Rua de São Bento.

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