sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Marcha pelo Ensino Superior a 17 de Novembro


A Marcha pelo Ensino Superior realiza-se no dia 17 de Novembro (próxima terça-feira), terá inicio na Cidade Universitária (em Lisboa) e terminará no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A Marcha pelo Ensino Superior surge pela urgente necessidade de mais financiamento do Estado para o Ensino Superior e pelo reforço do investimento do Governo na Acção Social Escolar.

Cada dia que passa aumentam as dificuldades e problemas dos estudantes em todas as faculdades/escolas do país. Desde Bolonha ao RJiES, a passar pelas propinas ou Acção Social (escassez de bolsas) e os cortes orçamentais ao Ensino Superior realizados pelos sucessivos Governos, os estudantes estão cada vez mais descontentes com o rumo que o Ensino Superior está a tomar.

Em Portugal, a Acção Social é cada vez mais tema de notícias. Face à crise económica e social sentida em todo o país (com o crescente desemprego nas famílias portuguesas), cada vez mais estudantes têm de recorrer a este apoio para poder continuar os seus estudos. É urgente um intervenção activa por parte do Governo. Mas esta acção do Governo não pode ser a sua desresponsabilização, como acontece actualmente com o incentivo aos empréstimos bancários e a "empregos" precários dentro das Instituições de Ensino Superior. Estas medidas não são a solução!

Por isso, dia 17 de Novembro (na próxima 3ª-feira) junta-te à Marcha pelo Ensino Superior...

- por uma intervenção de urgência por parte do Estado/Governo, que restabeleça o normal funcionamento das instituições de Ensino Superior público, assegurando o respeito pelos mais elementares compromissos financeiros de cada instituição, começando por salários e fornecimentos essenciais;

- pela adopção de uma política de mais e melhor Acção Social escolar;

- por um sistema de financiamento plurianual, idêntico ao que o ministro Mariano Gago reserva às Fundações, capaz de garantir um planeamento adequado por parte das instituições de Ensino Superior;

- pelo restabelecimento da autonomia das instituições, constitucionalmente consagrada, que se encontra ameaçada pelos estrangulamentos financeiros e pelos impactos decorrentes da implementação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJiES);

- pela promoção de um Ensino Superior público, universal, de qualidade e tendencialmente gratuito.

6 comentários:

João Dias da Silva disse...

Eu vou aproveitar. Vou de autocarro até Lisboa, aproveito para ir as amoreiras, como uns pastéis de belém e depois pego a carrinha de volta para Coimbra.

Unknown disse...

Sempre me aborreceu o "tendencialmente" gratuito. Ou é, ou não é. E eu acho que devia ser.

serraleixo disse...

Essa do tendencialmente gratuito vem do tempo do Cavaco. Estava na Constituição apenas gratuito mas uma maioria de 2/3 na Assembleia (PSD, PP e PS) abriu portas à privatização e elitização do Ensino Superior.
Aconteceu o mesmo com a saúde. O tendencialmente tb não estava lá...

Unknown disse...

Lá por isso estranho ver isso em cartazes e convocatórias.

Pedro Almeida disse...

provavelmente isso deve-se ao facto de a maioria de nós quando o aníbel era primeiro ministro, tinhamos 10 anos ou algo parecido (quantos de nós é que tem as imagens na cabeça do Cavaco, em entrevista para a RTP, a afirmar que "a policia fez o que tinha a fazer", aquando da carga policial estupida sobre os estudantes? ou sobre a brilhante cavalgada quase-militar sobre as manifs da ponte?). alguns dos actuais defensores dos direitos do ensino público "tendencialmente" gratuito (sem querer menosprezar ninguém, atenção) provavelmente estariam a largar as fraldas e naturalmente não deram por essas mudanças. só um ou outro tipo (ou tipa ehehehhehhe) mais atento é que vai procurar essa informação.

Patrícia disse...

A questão é que quando começaram as propinas, o que se deu também foi um "tendencialmente" pago, visto que começou ao de leve e agora é o que é... E os estudantes, logo na altura, avisaram que isso ia acontecer. Os estudantes não são parvos.