Após o aviso para que «as praxes observassem as condições que garantissem o desenrolar normal e sereno» das mesmas, e tal não se tendo verificado, o Director da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Carlos Albino Veiga da Costa, tomou a atitude arriscada de determinar «a cessação imediata de toda e qualquer actividade no âmbito das praxes académicas».
O M.A.T.A. já há vários anos que tem vindo a discutir a forma como se deve caminhar para uma universidade livre de praxes e temos chegado sempre à conclusão de que a sua proibição não será a melhor forma.
O autismo encarado por quem as organiza e a incapacidade demonstrada de as tornar mais "aceitáveis" (apesar de terem evoluído nesse sentido) e, igualmente, a incapacidade, por diferentes motivos - distanciamento cada vez maior dos alunos em relação aos órgãos directivos (até por imposição legislativa, através do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, do MCTES), associações de estudantes bastante próximas de quem organiza as praxes e, por isso, incapazes de apresentar alternativas às mesmas -, das direcções das faculdades e das associações de estudantes de comunicar com aqueles, serão motivos para que a proibição pareça ser a única solução.
Apesar disso, reconhecemos por parte de algumas direcções e associações de estudantes a tentativa de condicionar a praxe, apresentando, por exemplo, actividade cultural diversificada no início dos anos lectivos, organizando conferências e debates, feiras dos núcleos temáticos de estudantes, festas académicas e pequenos convívios, disponibilizando guias das suas cidades aos novos alunos, etc.
Compreendendo que as praxes, devido ao seu teor intelectual pobre, são de mais fácil "consumo" do que outras actividades que se possam organizar em meio académico, e que por isso terão menos adesão do que as primeiras, parece-nos, no entanto, ser este um dos melhores meios para os fins pretendidos - a integração dos novos alunos e o fim da praxe.
Reproduz-se o despacho que divulga esta decisão:
Despacho n.º 3/2009
No quadro das instruções recebidas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior relacionadas com as praxes académicas, do despacho do Senhor Reitor da Universidade, a Direcção da FEUP lançou um aviso a toda a comunidade académica, sublinhando a obrigatoriedade de todos os estudantes envolvidos nas praxes observarem as condições que garantissem o desenrolar normal e sereno dessas actividades.
Tendo-se verificado, ainda assim, o não cumprimento integral do referido aviso, determino a cessação imediata de toda e qualquer actividade no âmbito das praxes académicas dentro das instalações da FEUP.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Apesar de não considerarmos ser a melhor opção...
Porto e FEUP, 30 de Outubro de 2009
Publicada por m.a.t.a. em quinta-feira, novembro 05, 2009
Etiquetas: direcções universitárias, praxe
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27 comentários:
Bah!
E quem é que leva a sério o que o Mariano Gago acha ou deixa de achar?
Ele é um merdas, e sabe o que mais? Como ele a frente do min. da cienc. tecn. e ensino superior temos um novo regime jurídico, a destruição dos serviços sociais, os sucessivos cortes de orçamento ao ensino superior, etc... etc...
Então, desculpe, a malta do MATA até podem ter a sua razão ou não quanto a defender o que acreditam quanto a vossa perspectiva de praxe, mas, reproduzir o que um merdas, no caso o Mariano Gago, diz apenas por ele concordar com a vossa óptica e não analizar o conjunto da obra, é, no mínimo, um insulto a inteligência de qualquer um.
Já agora, o melhor ministro que existiu foi o Hermano Saraiva, pois teve culhões de vir a Coimbra na crise académica. Acabou como acabou, mas naquele tempo era até bonito.
É um bocado esquisito dizer que o Mariano Gago é pior ministro do MCTES do que o ministro fascista JHS, apenas porque este teve "coragem" de ir a Coimbra na crise académica.
E se voltar a reler o post, verá que há uma crítica ao novo RJIES imposto por este ministro. Mais concretamente, quando se refere que uma das causas para a dificuldade de comunicação entre as direcções de faculdade e os estudantes dessas faculdades é o afastamento destes últimos dos órgãos de gestão por imposição desse novo RJIES. Mas haverá mais críticas a fazer a este RJIES, para além do afastamento dos estudantes dos órgãos directivos, como seja, por exemplo, a abertura à privatização do ensino superior.
Mas não levar a sério o que o Mariano Gago diz é patético. Pois quer se queira quer não ele é o MCTES logo temos de levar muito a sério o que ele diz e faz gostemos ou não do que ele diz ou faz.
E ao menos foi um activista anti-fascista e é alguém que percebe que as praxes são um retorno a esse passado e opõe-se-lhes.
Caro ser.r.alves;
O JHS pode ter sido ministro de um governo ditatorial, anti-democrático de direita conservadora... mas daí até ser fascista ainda passa muita água...
Porque ainda defende o Mariano Gago? Pelo menos, se o quer defender arrume argumentos menos ocos do que ser anti-praxe e lutar contra o regime.
O Mário Soares também "lutou" contra o regime, e aposto que o senhor provavelmente não deverá o defender, a menos que seja um admirador incondicional...
Mas e o Mariano Gago? Poderia dar-me o prazer de citar apenas uma coisa que ele tenha feito pelo bem do ensino superior? É que o que eu tenho visto foi só merda, como tudo que este governo fez com a saúde e educação do país.
Mas o senhor poderá ter outras informações para o defender sem ser argumentos pobres como "lutar contra o regime", uma idéia utópica pois o melhor que fizemos após sair das garras de um governo ditatorial foi entregar a auto determinação do país a europa. Valeu mesmo de muito.
Eu só o estava a defender em relação ao JHS. Não o defendo noutra circunstância. Mas de facto desconheço o trabalho de JHS no ensino superior. Fez melhor trabalho do que o Mariano Gago foi?
Pois o JHS fez um melhor trabalho que o Gago, o que não é difícil, afinal, como o senhor próprio comprovou, cito "Não o defendo noutra circunstância", basta fazer qualquer coisa para ser melhor que o Gago.
O JHS pode ter sido parte de um partido de direita conservadora, anti-democrática que se pautava pela repressão, falta de liberdades colectivas e transparencia. Talvez o ensino superior nessa época pudesse ser até mais elitista do que o que temos hoje graças as conquistas de Abril, mas, em comparação de investimentos, qualidade de ensino, etc, era melhor.
E digo o ensino como um todo, não sei se o senhor sabe o JHS foi um grande idealizador e promotor das escolas comerciais e profissionais, que formavam técnicos capazes de trabalhar no mercado de trabalho.
Era muito bonito se todos fossemos engenheiros por exemplo, mas se não tivermos bons profissionais qualificados que saibam efectuar os planos dos engenheiros, então, não nos serve ter engenheiros.
O meu tio foi formado numa escola comercial, num curso de gestão, e rapidamente conseguiu ser gerente da caixa geral de depósitos.
Qualquer trabalho é digno de se fazer, basta o fazer com dignidade.
Óbviamente que sou contra a diferença de salários entre licenciados, bacharelatos e técnicos além das manias do Sr. Dr., que é uma boçalidade primitiva... se bem que se pensarmos assim, o MATA que é contra as hierarquias poderia lançar era uma campanha nacional contra essa hierarquização social boçal que vemos, quando numa ambiente de trabalho existe uma diferenciação entre quem é formado e quem não é. Quando numa repartição pública uma secretária é repreendida se não tratar a chefe de "Senhora Doutora"! Isso sim era algo de proveitoso para a sociedade, era uma alteração profunda da mentalidade...
Quanto a PRAXE... Bem, uns gostam, outros não. Seria ridículo se ela existisse se no resto da sociedade isso não fosse via de regra, mas como justificar o fim da praxe se mesmo um gajo que se diz anti-praxe, assim que se apanha com o canudo na mão puxa do mesmo para ser tratado de forma de diferente. Digo isso pois conheço uma tipa, anti-praxe, mas boa pessoa... era do solar das marias do loureiro ;-), que quando a fui visitar, hoje a trabalhar nas finanças repreendeu uma colega por não a tratar de senhora doutora... Não sei se foi por estar com visitas ou por outra razão, mas fiz questão de notar essa curiosidade.
Então, humilhar caloiros é mal? Mas isso é só um ano... Agora, e humilhar um trabalhador o resto da vida activa dessa pessoa só por ela não ter um diploma?
O que torna um ser humano com diploma tão melhor ou tão pior que um outro ser humano que se calhar não teve as mesmas oportunidades?
Senhores do MATA, isso é algo muito profundo a se pensar. Será que essas vossa picardia contra a PRAXE não deveria ser repensada, e não limitarem-se apenas a esse micro cosmos, mas, estender isso a toda a sociedade?
Ser obrigado a passar o resto da vida a chamar um colega de trabalho de Sr. Doutor, Sra. Doutora quando estes o chamam pelo primeiro nome, é muito mais intimidador, brutal, traumático, que qualquer praxe que eu conheça, porque o ofendido muito provavelmente não terá a oportunidade de subir e de melhorar, será sempre o ofendido.
Que o RJIES tem tiques fascistas disso não duvidamos. É demasiado óbvio. Outra coisa é a posição, reiterada, do Ministro Gago relativo às praxes. Isso aliás ficou logo claro no "post". Julgo pois que não devemos subvalorizar as posições do ministro em relação ao tema pela forma como age noutras questões.
A.A.
- De facto, para quem desconhece o meio activista porque se calhar nunca fez a ponta dum chavelho para mudar seja o que for no mundo, talvez seja difícil compreender que em determinados grupos se lute apenas por um objectivo concreto e não por toda a emancipação da Pessoa Humana.
Sim, o MATA poderia lutar pelo fim da exploração do homem pelo homem, ou das alterações climáticas. Isso torná-lo-ía mais englobador, pensar-se-ía. O problema é que que se tem verificado que o entendimento em pequenos colectivos com ideias muito globais dificilmente se entendem em relação a tudo. Desta forma torna-se mais fácil lutar em "várias frentes". Ou seja, torna-se mais fácil fazer parte de diferentes grupos de pessoas que lutam por objectivos diferentes mas concretos, que no fim serão o mesmo.
- Quanto à sua amiga das marias do loureiro. Que as pessoas mudam quando estão melhor na vida e se acomodam às suas mordomias é o pão nosso de cada dia. No entanto, não são os valores, que essas pessoas tinham e que os perderam, que deixam de ter crédito são as pessoas que mudaram que deixam de ter crédito. (No entanto, não sou assim tão fatalista.)
- Pois o facto de o regime ser fascista e a universidade ser elitista importa muito para avaliar o desempenho de um ministro. E, volto a repetir, não defendo as políticas do actual MCTES. Mas basicamente você compara alhos com bugalhos.
- E, como disse o anónimo anterior, neste post não estou a avaliar a política de ensino superior do Mariano Gago, nem tão pouco a endeusá-lo pelas declarações que fez em relação às praxes. Aliás em parte até responsabilizo a sua política pelo estado a que as praxes chegaram.
Mas isso se você quisesse tinha lido. Mas não está nas entrelinhas por isso se calhar é de difícil interpretação para algumas pessoas.
"Então, humilhar caloiros é mal? Mas isso é só um ano... Agora, e humilhar um trabalhador o resto da vida activa dessa pessoa só por ela não ter um diploma?"
Oh seu grandessíssimo débil mental: achas que basta mais que uma única experiência MÁ mesmo mesmo MÁ para causar problemas a nivel psicológico a uma pessoa?
Achas que SE JUSTIFICA humilhar quem quer que seja só porque é aquele ano?
Realmente falta-te o brio e a inteligência para sequer tentares argumentar a favor da praxe porque com esse comentário lindo acabaste de dar apenas mais razões ao MATA pelas ideias que defendem.
"Senhores do MATA, isso é algo muito profundo a se pensar. Será que essas vossa picardia contra a PRAXE não deveria ser repensada, e não limitarem-se apenas a esse micro cosmos, mas, estender isso a toda a sociedade?"
E, de novo, comentariozinho típico e nada articulado de quem não se incomodou em raciocionar.
Porque por essa mesma ordem de ideias porque raio haveriamos de ter, por exemplo, pessoas que se dedicam a evitar a extinção do lince ibérico se por ventura não se dedicam a evitar a extinção de todos os outros felinos? E já agora porque não a extinção de TODOS os animais na terra? E já agora porque não de toda a flora terrestre também?
És pouco inteligente. Portanto eu explico: porque é impossível fazer tudo ao mesmo tempo, e porque cada pessoa ou grupo adere às causas com as quais se identifica mais.
Bastian;
"Oh seu grandessíssimo débil mental:"
Caro amigo, eu estou aqui numa discussão salutar, o senhor pode concordar ou não concordar. Agora, falta de respeito eu não admito.
Alias, a falta de respeito é, se calhar, reflexo de total falta de argumentos.
Bastian;
"És pouco inteligente."
Por favor, não escreva mais, não vou discutir com gente que falta ao respeito por serem contrariados.
O senhor é contra quem praxa... muito bem... mas com esse tipo de atitude, de ser rude com quem lhe contraria, o senhor porta-se como um atrasadinho que quer, por meio de agressão, valer o que não consegue por argumentação.
Faça favor de ficar calado ou se quer participar, educado. Mas faça aquilo que as suas capacidades lhe permitirem...
ser.r.alves;
Bem, eu vejo alguma actividade do mata em panfletos, etiquetas, murais, mas...
Eu não entendo exactamente o que o mata faz para para a integração dos caloiros...
Eu nunca vi um convivio de boas vindas aos caloiros feito pelo mata, eu nunca vi uma jantarada dos caloiros da malta do mata...
Os senhores propõem o fim da praxe, muito bem, mas e o que fica no lugar?
Eu tenho uma precessão muito fatalista das coisas... para ilustrar, penso que a ordem de ideias sobre como as coisas transitam no mundo, seria, por exemplo, o que a França fez para acabar com o poder que a Igreja possuía por gerir escolas, hospitais e assistência social (orfanatos/lares/etc). Ora, se a igreja oferecia era porque ocupava um espaço que estava vago, o governo Francês passou então a investir em alternativas para que as pessoas pudessem ter outras opções e eclipsou as actividades da Igreja a algo residual nessas actividades. Substitui-se velhos valores por novos valores...
E então fica a pergunta, proibir a praxe, e então? A vossa alternativa e proporem algo ao lugar, ou esperam que a própria sociedade crie alternativas ao espaço vago?
Porque... bem... creio que a alternativa que a sociedade dará, visto o estado das coisas, é toda a malta pros copos, toda a malta para os bares, toda a malta para a discoteca. Não me parece uma opção melhor...
DEVIAM ERA IR CAÇAR GAMBUZINOS!
Então Manuel estás à espera que o MATA te apresente um pacote que diz como as pessoas devem ser integradas e depois aplicarás esse pacote na universidade. É bem, sim senhor. Compra, consome. Compra, consome. Seja o que for, tu compras e consumes. é preciso é que te digam o que deves fazer. Estica, rebola. Ouve, vê. Salta, agacha. Desce, soube. Máquina bem oleada mas acéfala. Gira, retorce. Aparafusa, desemprega. Abre a boca, descarrega a comida. Usa, deita fora. Compra, consome. Come e cala-te. Dorme, Acorde. Trabalha, vai pra casa. Him, hon, him, hon, hin, hom.
Deviam então o MATA decidir como as pessoas se devem comportar? Não meu caro, não percebeste. É precisamente conrta isso que nós estamos. Contra o dogma, contra a fórmula pré-estabelecida. "Agora fazemos todos assim". Nem penses nisso.
Isso deve ser decido pela comunidade estudantil, docente, auxiliar, administrativa, directiva, associativa, ..., de cada faculdade, em conjunto. Sem preconceitos, sem "directivas de cima".
E por acaso já organizámos actividades de convívio. Com o nosso esforço, o nosso dinheiro, a nossa vontade. É difícil é de repetir... Porque não queremos repetir-nos, como a coisa chata e repetitiva que é a praxe.
Mas de facto achar que o MATA deveria organizar a integração nas universidades é patético e mostrar que não compreende o que é a opinião do MATA, ou das pessoas anti-praxe que fazem parte do MATA, e é ser bastante preconceituoso.
Não se trata de ser contrariado.
Trata-se de estar farto de ver comentarios que partem de generalizações e não dum raciocinio articulado, subjugado à lógica.
E quando vejo comentários do género:
"Então, humilhar caloiros é mal? Mas isso é só um ano... Agora, e humilhar um trabalhador o resto da vida activa dessa pessoa só por ela não ter um diploma?"
Então eu tenho a certeza absoluta de que a pessoa a quem me dirijo realmente padece duma falta abissal de inteligência para estar aqui.
Depois dum comentário desses tentares sequer esboçar um rasgo de inteligência fica-te mal.
Ao menos podias partir do comentário e dizer porque é que não é mau humilhar alguém só porque é aquele ano?
A propósito, talvez o humilhar alguém durante uma ou duas semanas a fio seja o suficiente para que a pessoa se rebaixe e deixe ser humilhada no futuro, no seu hipotético trabalho. Por ventura ocorreu-te isso?
É que há, de facto, pessoas inteligentes que até são capazes de articular ideias a favor da praxe. Tu, claramente, depois do comentário que fizeste, não és uma delas.
Portanto faz um favor a ti mesmo e pára de fingir que és.
"Manuel Gonçalves Dias Rodão disse...
Bah!
E quem é que leva a sério o que o Mariano Gago acha ou deixa de achar?
Ele é um merdas, e sabe o que mais? (...)
Já agora, o melhor ministro que existiu foi o Hermano Saraiva, pois teve culhões de vir a Coimbra na crise académica. Acabou como acabou, mas naquele tempo era até bonito."
Isto vindo de alguém que, noutros comentários, apregoa a sua inteligência e a ausência da dos outros.
A propósito, embora seja um palavrão que não vem no dicionário, parece-me vulgo que se escreve "colhões" com -o e não com -u.
Isto vindo de alguém inteligente até fica mal!
Caro Pedro;
Quando comento "Então, humilhar caloiros é mal? Mas isso é só um ano... " (...) continuo com a seguinte linha de idéias: "Agora, e humilhar um trabalhador o resto da vida activa dessa pessoa só por ela não ter um diploma?"
O que digo é, se existem pessoas que consideram a praxe nefasta e esta é só aplicada durante o período de um ano, queria saber a opinião das mesmas pessoas sobre aplicar a "hierarquização dos que tem canudos" no mercado de trabalho que de certa forma, não com violência, não com brincadeiras, não com bebedeiras, mas com subjulgação e diminuição dos próprios colegas de trabalho, apenas por uns terem frequentado uma universidade e outros não. Era esse o meu objectivo com a questão.
Que o senhor claramente não entendeu pois eu quis comentar o facto de um licenciado exigir que os outros, não licenciados, num ambiente social o tratem por senhor doutor, o senhor, responde que na verdade a praxe o faria ser rebaixado, se fosse o contrário, que a imposição do "doutor" no mei académico fosse motriz para isso acontecer no meio social, era um bom argumento, mas o senhor não só não entendeu o que disse como ainda argumentou muito mal...
Quanto ao Mariano Gago, não é ofensa, é simples constatação. Ele é realmente um merdas.
Colhões, com U, lapso da minha parte, desculpe. É que eu não uso o termo com tanta frequencia, portanto não tenho na ponta da língua com o senhor.
Colhões... talvez fosse preferível usar tomates, mas creio ajudou a destacar o ponto em que eu queria chegar.
Enfim, se calhar não sou o melhor para falar da praxe, mesmo porque, para o seu azar não sou um praxista. Embora tenha tido caloiros, eram colegas e não alvos para descontar frustrações.
Se calhar o senhor tem más experiências com a praxe. Porque não as compartilha aqui? Se calhar poderiamos até lhe ajudar para que o senhor possa conviver com o que lhe aconteceu de melhor forma, tipo o consultório sentimental da revista Maria...
Caro Pedro;
E já agora... eu estou aqui a questionar sobre as vossas actividades, por curiosidade de entender o que os senhores pensam.
Penso que, embora não concorde com algumas coisas, posso concordar com outras e respeito as vossas convicções.
Por outro lado, o senhor, em toda a sua participação tenta diminuir-me, ofender-me, dizer que não tenho razão, etc... etc...
Era só para saber, o senhor faz isso apenas por eu ser novo aqui no blog, tipo, por eu ser uma espécie de caloiro ou porque o senhor gosta de ter essa sensação boçal e retrógada de poder como o dono de todas as verdades? É que se não é isso, é o que aparenta ser.
Ignorando a questão JHS vs MG, uma certa intelectualidade bafienta, uma pretensa cordialidade desmascarada por uma brejeirice completamente desnecessária, e até mesmo um certo paternalismo no que deveriam ser as linhas orientadoras do M.A.T.A, o que se realça no comentário de Manuel Rodão é mesmo o seguinte:
"Então, humilhar caloiros é mal? Mas isso é só um ano... Agora, e humilhar um trabalhador o resto da vida activa dessa pessoa só por ela não ter um diploma?"
Um dos argumentos muito escudado pelos defensores da praxe, é a ela prepara as pessoas para o futuro e para o mundo de trabalho.
E para bom entendedor, meia palavra basta...
Caro Pedro;
O senhor só diz o que lhe interessa. Não responde as perguntas e trata os demais participantes como se o senhor fosse o dono da verdade.
O senhor tenta diminuir, humilhar e ofender os demais.
Se o senhor é anti-praxe, bem, não o deveria ser, pois entre um saloio vestido de preto com uma colher gigante de madeira a mandar vir com os caloiros e o senhor, não existe a mínima diferença.
Passar bem.
Caro Manuel,
haveriam várias coisas a pegar em todo o seu discurso, muitas mais para além das indicadas. Mas isso implicaria fugir do tema central.
Antes de mais, as suas questões e dúvidas sobre as ideias do M.A.T.A foram respondidas no post incial (pelo menos as até agora colocadas), se se tivesse dignado a lê-lo com a devida atenção e respeito que afirma ter.
No que concerne à parte de apenas
responder ao que me interessa, isso tem um motivo lógico e facilmente dedutível: este blog serve para discutir as praxes e outras temáticas relativas à escola. Deixou a sua posição sobre o RJIES e obteve, dentro do que espelhou, concordância. Sobre as praxes obteve várias respostas, inclusivé uma minha. Uma resposta que aparentemente nem se dignou a ler pois o seu comentário a mim dirigido, nada versou sobre esse tema. De resto, muito falou e nada disse.
Comparações.... bom, podemos fazer as que quisermos, umas são mais acertadas que outras. Mas faça as suas que não me chateio com isso. Limitou-se a mostrar indignado pensando que somente é ofendido e nunca ofensor. Obteve váras respostas adversas relativas ao seu comentário, por algum motivo será.
Se quiser discordar (ou concordar) sobre o focalizei no seu comentário, esteja à vontade. Aparentemente está de acordo que existe humilhação na praxe. De resto, não se percebe se de facto defende ou não esse aspecto, e sobre a pretensa preparação para o futuro.
p.s. - existem 2 pedros a comentar neste post. eu sou o segundo pedro. por norma e por causalidade, os meus comentários têm sido assinados com p minúsculo.
Esse seria eu. Com -P
E não dei mais do que o trato de que achei digno alguém que acha que não há mal em humilharem-se outros seres humanos só porque é "apenas" aquele ano.
Como esse e outros comentários encerram uma linguagem inadequada a qualquer tipo de discussão que se quer com algum nível, que depois vem velada por outras com um vocabulário polido, acho isso duma enorme hipocrisia, e como tal reservo-me ao direito de tratar alguém que age como um hipócrita dessa mesma forma: sem direito ao respeito.
Até porque... é "apenas" este ano. Quem sabe se para o outro já serei mais simpático??
Respondendo só a uma frase que li no primeiro comentário... Hermano Saraiva foi ministro do Estado Novo, do fascismo. Se é disso que gostas, pela minha parte, estamos conversados.
Apresentando-me: tenho quatro matrículas na Escola Superior de Enfermagem do Porto. Assumi-me como praxista no dia em que entrei naquela instituição de ensino superior e continuo a sê-lo até hoje, com a noção de que os meus dias de praxista foram os melhores dias da minha vida.
Um amigo meu dizia ontem, estando nós enquanto comissão de praxe a decidir se participaríamos ou não numa iniciativa de beneficência com os nossos caloiros, para eu estar mais atenta às notícias, que somos atacados constante, que cada vez mais somos mais desrespeitados enquanto cidadãos porque somos praxistas. Decidi fazer uma pesquisa rápida na internet e deparei-me com muitos sites anti-praxe e, curiosamente, nenhum 'pró-praxe'.
E foi então que resolvi deixar aqui este comentário porque desprezo todo e qualquer tipo de pessoas, que do alto da sua sapiência e olhando apenas para o seu umbigo, imbuídos de um sentimento que os faz sentir melhores, querem escolher por mim o que quero fazer da minha vida, nomeadamente se quero ou não ser praxista. Mais, levando a um extremo egoísta, egocêntrico e altamente castrador, se posso ou não viver na tradição académica.
Mas, olhando à minha volta, sinto tranquilidade e segurança, porque percebo que a praxe não precisa de ser publicitada em sites e blogues, a praxe não precisa de anúncios, de dizerem bem dela para que ela se faça, porque a praxe continua a acontecer e todos os anos vejo com orgulho chegarem miúdos, recém-entrados no ensino superior, a quererem viver aquilo que já tanta gente viveu antes de nós. E ainda que muitos cães ladrem, a praxe vai continuar a fazer-se enquanto houver gente que acredita nela. E acreditem que as há!
Bem hajam.
Dé:
"E foi então que resolvi deixar aqui este comentário porque desprezo todo e qualquer tipo de pessoas, que do alto da sua sapiência e olhando apenas para o seu umbigo, imbuídos de um sentimento que os faz sentir melhores, querem escolher por mim o que quero fazer da minha vida, nomeadamente se quero ou não ser praxista. Mais, levando a um extremo egoísta, egocêntrico e altamente castrador, se posso ou não viver na tradição académica. "
O mesmo egocentrismo que orienta e guia os praxistas e os leva a agirem abusivamente para com as pessoas praxadas? Porque todo o teu discurso fede a um egocentrismo arrogante, de alguém que também parece achar saber mais que os outros e que peca pela facilidade com que precisa de descer de nível para ofender os outros só porque discordam da tua forma de ser?
Eu não pertenço ao MATA, portanto respondo apenas a mim quando digo o seguinte...
Se eu sou cão por partilhar dos mesmos ideais do que o MATA, e também padeço de todo esse egocentrismo do qual tu também estás carregada... isso faz de ti o quê?
Uma cadela?
Aposto que és o orgulho dos papás.
E antes que venha daí alguma resposta coberta de algum pseudo-pudor sobre a forma como te respondi: não tenho de ser polido para com pessoas que claramente não o são.
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