Encontrei à uns dias, através desta notícia, o Código de Praxes da Universidade do Algarve. Não resisti a fazer uma análise séria, embora com partes inevitavelmente satíricas, tentando demonstrar várias contradições e idiotices dos "documentos oficiais" da praxe. O original pode ser encontrado aqui.
"No entanto, jamais devemos esquecer a verdadeira essência da PRAXE! A PRAXE Académica não é, e ao contrário do que muitos tendem a pensar, a tradicional Semana de Recepção ao Caloiro, com pinturas e brincadeiras por vezes absurdas. A PRAXE vai muito para além disso. A PRAXE é o saber viver bem todo um percurso académico. Significa o respeito mútuo, a camaradagem, a entreajuda, os cerimoniais, o convívio, a integração num meio universitário, completamente novo para todos os novos alunos. A própria palavra latina PRAXIS significa prática, modo de agir."
Este excerto vem no seguimento da adequação da "tradição" aos novos tempos, nomeadamente ao Processo de Bolonha. Entra já aqui numa falácia, a praxe é muita coisa, e também é a semana de recepção ao caloiro, as pinturas e "brincadeiras" normalmente absurdas. O percurso académico vivido através da praxe não significa nenhum respeito mútuo, não existe entreajuda quando se está de gatas a gritar banalidades sexuais. A praxe integra na praxe, não integra no espaço universitário, não dá a conhecer coisas novas, nem existe uma troca de experiências e pensamentos, mas apenas a imposição de normas decididas pelos estudantes com mais matrículas.
Não existe respeito algum pelos alunos do primeiro ano. Fala-se de acolher "condignamente os recém-chegados alunos" no 2º artigo, enquanto que no 3º artigo a definição desse alunos passa a "bestas". Os supostos objectivos da praxe entram em contradição precisamente com a prática. No 4º artigo passamos para a dispensa de um aluno recém-chegado ser praxado e aqui entram precisamente os documentos oficiais da praxe: a declaração feita por uma comissão de praxe para provar que um aluno que tenha mudado de instituição já foi antes praxado; e uma declaração de um aluno anti-praxe solicitando essa condição. Ora, eu sempre pensei que se não quisesse andar de gatas e andar pintado me bastaria dizer "não quero", tendo em conta que a Constituição Portuguesa (artigos 26º, 27º, 37º são bons exemplos) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (e aqui vale a pena ler o 1º, 3º e 19º) ainda têm um valor legítimo. Claro que a solicitação deste papel implicará a exclusão do estudante de todas as actividades organizadas pela Associação Académica da UALg.
O 5º artigo define a hierarquização da "tradição académica". Os estudantes não são todos iguais. Existem as bestas que são os estudantes acabados de entrar na instituição, praxados, mas sem terem passado pelo "baptismo"; após essa actividade aquática passam a ser perus; após a semana académica passam à condição de caloiros; torna-se numa gangrena se reprovou mais de metade do 1º ano; macebo se está no 2ª matrícula sem essas reprovações (pode ter chumbado); finalmente entra nos adjectivos mais simpáticos na 3ª matrícula, passa a ser académico (mesmo que esteja no 1º ano); será veterano com quatro matrículas; passará à condição de velha guarda com cinco ou mais matrículas.
Depois define-se os locais que são interditos à praxe. Debaixo das mesas não se pode praxar porque estas terão líquidos essenciais à vida (deduzo que sejam bebidas alcoólicas), não podem estar agarrados com os quatro membros a uma árvore porque estas são sagradas à vida. E claro, os locais de culto não são locais de praxe porque os abutres respeitam o divino (ao contrário do que acontece pelo respeito pelo próximo). Novamente, por respeito, de baixo das capas dos insigne persona (qualquer praxista que esteja acima do grau de "académico") são proibidas as praxes (a presença de) a estudantes recém-chegados.
O fechamento da praxe é estipulado no II capítulo: é anti-praxe quem recuse o que está estipulado no regulamento inventado por essa gente. O anti-praxe perde direitos como praxar, ser designado por aqueles magníficos títulos descritos anteriormente, usar o traje (sim, porque esta gente manda na roupa de cada um, como a Mocidade Portuguesa), e podem bem esquecer os jantares de curso e convívios organizados por quem se traje e seja académico (ou superior). Vá lá, pode estudar que eles deixam, agora não querem é ser amigos de quem não se veste de preto.
Depois importa informar o que raio são as pessoas (homo sapiens sapiens) recém-chegadas e por que são diferentes dos outros que estão na Universidade há mais tempo (homo sapiens sapiens, quem diria!). São "reles bestas". Têm um "BI" que é tipo o passe para andar nos transportes públicos, tem de ser mostrado sempre que qualquer trajadinho armado em revisor o peça. Mas é um documento importante, porque para além do nome (imagino...) e o curso tem lá escrito o grupo sanguíneo e eventuais problemas de saúde que a "besta" tenha. Querem maltratar estas pessoas, mas não as convém estragar demasiado porque depois cai mal. A "besta" é um "ser inferior" (espírito de solidariedade, camaradagem e entre-ajuda, lembram-se?) que tem direitos: cumprir os seus deveres (não decididos pelos próprios); pode, vá lá, declarar-se anti-praxe (e não se misturar com aquela gente); ser tratado "condignamente", porque não querem ir "contra a condição de ser humano" (besta?); escolher um padrinho ou uma madrinha; e receber um nome de praxe para "caracterizar a condição de besta". Simpático.
E há, pois claro, deveres: comparecer sempre nos eventos organizados pelos "ilustres académicos" (se não... o quê?); "ser moderado no uso da palavra", que significa apenas responder "quando interpelado" (quem cala consente); tem de ser "servil, obediente e resignado" (abolição da escravatura já foi há 100 anos, não?); não se pode masturbar, nada de "actos misóginos ou apandríacos" (pesquisa no Google dá como único resultado este "código"); “a besta não ri, logo não mostra os dentes” (é uma alegria a praxe); não olhar nos olhos dos seus superiores; nem fumar (deve ser pela saúde); o estudante do 1º ano tem de se “manter sempre num plano inferior ao dos praxantes” (todos iguais, portanto); estar sempre respeitoso em relação aos trajados que não os respeita; voluntariar-se quando vê colegas a serem praxados; não reclamar (esqueçam espírito crítico); se não tiver em aulas terá de ser praxado (esqueçam lá fazer outras coisas, como ir ao cinema ou passear); não falar mais alto que a corja trajada; gritar pelo seu curso (ou como eles dizem: “canaliza(r) todo o seu potencial vocal para aclamar vorazmente o seu curso”); suplicar para ser praxado (mesmo que não lhe apeteça, deduzo); não falar ao telemóvel, exceptuando se receber autorização (isto lembra-me algo...); zelar pelo bem estar e conforto dos praxistas (yep, escravatura); não andar sozinho na rua (poderá ficar parado?); ocupar o último lugar na fila; e como é ignorante procura conhecimento (?). Muito simpático. Adorava ser recebido assim.
Os perus por outro lado já têm uma vantagem. Podem ser comercializados pelo código da livre concorrência (a praxe é capitalista). Este já pode namorar, se autorizado pelo padrinho/madrinha; e usar o traje se autorizado. O caloiro é um mero título menos mau. Mancebo é um ajudante que não praxa. Finalmente o académico tem direito a praxar "sobre o seu curso"; é responsável pela praxe que fizer; elege os perus do ano; ensina mancebos a praxar; e arma-se em bufo: identifica os que se declararam anti-praxe. O veterano já pode praxar a sua unidade orgânica, ou seja, vários cursos. A felicidade!
Existe depois a recepção ao caloiro. Começa com o "dia da indiferença", em que a "besta" é tão reles que os praxistas "não gastam saliva para falar, gritar e até mesmo ordenar" com eles. Há depois um desfile pela cidade, culminando numa banhada (baptismo, dizem eles - seguindo a boa lógica cristã). Há garraiada amadora, suponho que sem touros, mas estou por confirmar essa informação. Há a "sapatada", que é um leilão de pessoas (sim, voltamos aos escravos e à pessoa-mercadoria) por uma noite; uma missa do caloiro não religiosa; uma procissão com velas (dizem que é algo de submissão, são eles que o dizem); alcoolização dos perus (vão beber copos, tanta coisa para irem beber copos como toda a gente); a serenata onde se canta fado de Coimbra/académico (é a tradição, ainda que se esteja em Faro). Sobre a limitação das praxes, depois disto tudo, há uma frase: "Durante todo o longo processo de praxes, há que existir um respeito mútuo entre praxantes, assim como estes deverão zelar pela correcta aplicação do presente código.". É isto, sim, claro.
Há depois um órgão, o "Tribunal de Praxe", que executa as sanções da praxe, para além de zelar pelo correcto uso do traje/farda académico/a. Se houver algo fora do normal encaminham o caso para a Associação Académica, que logo reencaminhará para as autoridades competentes. Marcar o 112 dá muito trabalho. Ora, existem juízes, jurados, um advogado de acusação e um carrasco. E claro, réus e advogados de defesa (?) (os padrinhos/madrinhas).
Ora, e assim termina esta análise. Existe muito espaço aberto para coisas dúbias e todo o tipo de violências físicas e psicológicas. A praxe é isto, a praxe é merda.
"No entanto, jamais devemos esquecer a verdadeira essência da PRAXE! A PRAXE Académica não é, e ao contrário do que muitos tendem a pensar, a tradicional Semana de Recepção ao Caloiro, com pinturas e brincadeiras por vezes absurdas. A PRAXE vai muito para além disso. A PRAXE é o saber viver bem todo um percurso académico. Significa o respeito mútuo, a camaradagem, a entreajuda, os cerimoniais, o convívio, a integração num meio universitário, completamente novo para todos os novos alunos. A própria palavra latina PRAXIS significa prática, modo de agir."
Este excerto vem no seguimento da adequação da "tradição" aos novos tempos, nomeadamente ao Processo de Bolonha. Entra já aqui numa falácia, a praxe é muita coisa, e também é a semana de recepção ao caloiro, as pinturas e "brincadeiras" normalmente absurdas. O percurso académico vivido através da praxe não significa nenhum respeito mútuo, não existe entreajuda quando se está de gatas a gritar banalidades sexuais. A praxe integra na praxe, não integra no espaço universitário, não dá a conhecer coisas novas, nem existe uma troca de experiências e pensamentos, mas apenas a imposição de normas decididas pelos estudantes com mais matrículas.
Não existe respeito algum pelos alunos do primeiro ano. Fala-se de acolher "condignamente os recém-chegados alunos" no 2º artigo, enquanto que no 3º artigo a definição desse alunos passa a "bestas". Os supostos objectivos da praxe entram em contradição precisamente com a prática. No 4º artigo passamos para a dispensa de um aluno recém-chegado ser praxado e aqui entram precisamente os documentos oficiais da praxe: a declaração feita por uma comissão de praxe para provar que um aluno que tenha mudado de instituição já foi antes praxado; e uma declaração de um aluno anti-praxe solicitando essa condição. Ora, eu sempre pensei que se não quisesse andar de gatas e andar pintado me bastaria dizer "não quero", tendo em conta que a Constituição Portuguesa (artigos 26º, 27º, 37º são bons exemplos) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (e aqui vale a pena ler o 1º, 3º e 19º) ainda têm um valor legítimo. Claro que a solicitação deste papel implicará a exclusão do estudante de todas as actividades organizadas pela Associação Académica da UALg.
O 5º artigo define a hierarquização da "tradição académica". Os estudantes não são todos iguais. Existem as bestas que são os estudantes acabados de entrar na instituição, praxados, mas sem terem passado pelo "baptismo"; após essa actividade aquática passam a ser perus; após a semana académica passam à condição de caloiros; torna-se numa gangrena se reprovou mais de metade do 1º ano; macebo se está no 2ª matrícula sem essas reprovações (pode ter chumbado); finalmente entra nos adjectivos mais simpáticos na 3ª matrícula, passa a ser académico (mesmo que esteja no 1º ano); será veterano com quatro matrículas; passará à condição de velha guarda com cinco ou mais matrículas.
Depois define-se os locais que são interditos à praxe. Debaixo das mesas não se pode praxar porque estas terão líquidos essenciais à vida (deduzo que sejam bebidas alcoólicas), não podem estar agarrados com os quatro membros a uma árvore porque estas são sagradas à vida. E claro, os locais de culto não são locais de praxe porque os abutres respeitam o divino (ao contrário do que acontece pelo respeito pelo próximo). Novamente, por respeito, de baixo das capas dos insigne persona (qualquer praxista que esteja acima do grau de "académico") são proibidas as praxes (a presença de) a estudantes recém-chegados.
O fechamento da praxe é estipulado no II capítulo: é anti-praxe quem recuse o que está estipulado no regulamento inventado por essa gente. O anti-praxe perde direitos como praxar, ser designado por aqueles magníficos títulos descritos anteriormente, usar o traje (sim, porque esta gente manda na roupa de cada um, como a Mocidade Portuguesa), e podem bem esquecer os jantares de curso e convívios organizados por quem se traje e seja académico (ou superior). Vá lá, pode estudar que eles deixam, agora não querem é ser amigos de quem não se veste de preto.
Depois importa informar o que raio são as pessoas (homo sapiens sapiens) recém-chegadas e por que são diferentes dos outros que estão na Universidade há mais tempo (homo sapiens sapiens, quem diria!). São "reles bestas". Têm um "BI" que é tipo o passe para andar nos transportes públicos, tem de ser mostrado sempre que qualquer trajadinho armado em revisor o peça. Mas é um documento importante, porque para além do nome (imagino...) e o curso tem lá escrito o grupo sanguíneo e eventuais problemas de saúde que a "besta" tenha. Querem maltratar estas pessoas, mas não as convém estragar demasiado porque depois cai mal. A "besta" é um "ser inferior" (espírito de solidariedade, camaradagem e entre-ajuda, lembram-se?) que tem direitos: cumprir os seus deveres (não decididos pelos próprios); pode, vá lá, declarar-se anti-praxe (e não se misturar com aquela gente); ser tratado "condignamente", porque não querem ir "contra a condição de ser humano" (besta?); escolher um padrinho ou uma madrinha; e receber um nome de praxe para "caracterizar a condição de besta". Simpático.
E há, pois claro, deveres: comparecer sempre nos eventos organizados pelos "ilustres académicos" (se não... o quê?); "ser moderado no uso da palavra", que significa apenas responder "quando interpelado" (quem cala consente); tem de ser "servil, obediente e resignado" (abolição da escravatura já foi há 100 anos, não?); não se pode masturbar, nada de "actos misóginos ou apandríacos" (pesquisa no Google dá como único resultado este "código"); “a besta não ri, logo não mostra os dentes” (é uma alegria a praxe); não olhar nos olhos dos seus superiores; nem fumar (deve ser pela saúde); o estudante do 1º ano tem de se “manter sempre num plano inferior ao dos praxantes” (todos iguais, portanto); estar sempre respeitoso em relação aos trajados que não os respeita; voluntariar-se quando vê colegas a serem praxados; não reclamar (esqueçam espírito crítico); se não tiver em aulas terá de ser praxado (esqueçam lá fazer outras coisas, como ir ao cinema ou passear); não falar mais alto que a corja trajada; gritar pelo seu curso (ou como eles dizem: “canaliza(r) todo o seu potencial vocal para aclamar vorazmente o seu curso”); suplicar para ser praxado (mesmo que não lhe apeteça, deduzo); não falar ao telemóvel, exceptuando se receber autorização (isto lembra-me algo...); zelar pelo bem estar e conforto dos praxistas (yep, escravatura); não andar sozinho na rua (poderá ficar parado?); ocupar o último lugar na fila; e como é ignorante procura conhecimento (?). Muito simpático. Adorava ser recebido assim.
Os perus por outro lado já têm uma vantagem. Podem ser comercializados pelo código da livre concorrência (a praxe é capitalista). Este já pode namorar, se autorizado pelo padrinho/madrinha; e usar o traje se autorizado. O caloiro é um mero título menos mau. Mancebo é um ajudante que não praxa. Finalmente o académico tem direito a praxar "sobre o seu curso"; é responsável pela praxe que fizer; elege os perus do ano; ensina mancebos a praxar; e arma-se em bufo: identifica os que se declararam anti-praxe. O veterano já pode praxar a sua unidade orgânica, ou seja, vários cursos. A felicidade!
Existe depois a recepção ao caloiro. Começa com o "dia da indiferença", em que a "besta" é tão reles que os praxistas "não gastam saliva para falar, gritar e até mesmo ordenar" com eles. Há depois um desfile pela cidade, culminando numa banhada (baptismo, dizem eles - seguindo a boa lógica cristã). Há garraiada amadora, suponho que sem touros, mas estou por confirmar essa informação. Há a "sapatada", que é um leilão de pessoas (sim, voltamos aos escravos e à pessoa-mercadoria) por uma noite; uma missa do caloiro não religiosa; uma procissão com velas (dizem que é algo de submissão, são eles que o dizem); alcoolização dos perus (vão beber copos, tanta coisa para irem beber copos como toda a gente); a serenata onde se canta fado de Coimbra/académico (é a tradição, ainda que se esteja em Faro). Sobre a limitação das praxes, depois disto tudo, há uma frase: "Durante todo o longo processo de praxes, há que existir um respeito mútuo entre praxantes, assim como estes deverão zelar pela correcta aplicação do presente código.". É isto, sim, claro.
Há depois um órgão, o "Tribunal de Praxe", que executa as sanções da praxe, para além de zelar pelo correcto uso do traje/farda académico/a. Se houver algo fora do normal encaminham o caso para a Associação Académica, que logo reencaminhará para as autoridades competentes. Marcar o 112 dá muito trabalho. Ora, existem juízes, jurados, um advogado de acusação e um carrasco. E claro, réus e advogados de defesa (?) (os padrinhos/madrinhas).
Ora, e assim termina esta análise. Existe muito espaço aberto para coisas dúbias e todo o tipo de violências físicas e psicológicas. A praxe é isto, a praxe é merda.
Youri Paiva
71 comentários:
subscrevo totalmente, fui aluno da ualg, ate 2009, tendo entrado em 2004 e fui anti praxe; quando la cheguei a primeira coisa que fizeram foi gritar-me "besta de psicologia? pa fila" ao que eu respondi: "besta?! Mas estas a falar com a tua mãe ou quê?".
Não so fiquei revoltado com as praxes que ia observando como no meu caso concreto por ser no curso de psicologia onde supostamente, se estuda e diagnostica e se faz prevenção de problemas mentais...
De qualquer modo, creio que tudo depende da atitude de casa um, sei bem que o meu curso nao é dos piores, mas se o aluno tiver uma atitude firme e nao se deixar intimidar, eles deixam-te em paz, e os colegas que o desprezem so por esse facto então são mesmo pessoas que nao vale a pena conhcer, ao sermos verdadeiros, vemos rapidamente com quem poderemos vir a desenvolver uma amizade ou não na universidade e para pessoas como nós, nunca são muitas, mas sao duradouras.
Dito isto so queria dizer que creio que so se pode travar este "fenomeno" caso se proiba de vez a praxe dentro e fora das instituiçoes e se puna criminal e severamente aqueles que as executam, caso contrario é bem sabido que as ovelhas seguem sempre o carneiro com os chifres maiores, fiquem bem!!
Aquela estória dos actos misóginos ou apandríacos soa a assédio sexual...
Este código da praxe é escandaloso de facto.
Ao Komuna
Uma vez que se dispôe a prestar esclarecimentos sobre o assunto, se me puder informar agradeço que me esclareça o seguinte :
1- Que razões misteriosas foram as do suicído do médico? Qual o tipo de suicidio verificado?
2 - Será que foram mesmo apagados os ultimos registos de chamadas no telemóvel do Diogo?
Cumprimentos
Aluna da UALg, e praxada este ano.
Fui chamada de besta, e não morri. Por amor de deus, super bem tratada enquanto fui praxada! Quando precisava de sair, falava com as minhas académicas e saía.
Quando não estávamos a aguentar mais as actividades propostas pelos académicos, falávamos com eles e eles cediam.
Há praxes e praxes. Acho que todos devem pelo menos experimentar, e se forem vítimas de algum abuso, existe graus superiores a quem se devem dirigir para reportar queixa.
Eu fui chamado de besta, não morri mas não gostei. Informei-me bem antes do primeiro dia de aulas, e todos me disseram que a praxe académica era que magnífica e que eram todos amigos. Sujeitei-me à praxe durante alguns momentos, mas não hesitei em declarar-me anti, algum tempo depois.
Na verdade, já ía com intenções disso; eu sou contra a praxe e sujeitei-me àquilo apenas para consolidar a minha posição.
Não tenho muitos amigos na Universidade, aliás, alguns só me falam quando me perguntam alguma coisa durante as frequências...
Muitos me perguntam se não tenho pena de não trajar nem ir aos jantares de curso - não, não tenho. Não sou hipócrita ao ponto de me sentar à mesa com um indivíduo que me chamou nomes e que me mandou olhar no chão. Trajar? Nem pensar. Aqueles emblemas ridículos a dizer "Da mãe", "Do Tio", "Da Tia", "Do cão" e melhor, "Cerveja Sagres", não fazem o meu género. Eu gosto é de vestir a minha roupa, que caracteriza a minha pessoa e não uma "classe" a que pertenço.
Estou na Universidade definitivamente para estudar e me formar, com amigos ou não, com ou sem jantares de curso e rambóia descontrolada e selvagem, como é comum vermos por essas noites fora.
Tenho que dizer que isto está brutal..... adorei....
Nem imaginam as toneladas de gargalhadas com a analise do CP, e aqueles toques de sarcasmo abrilhantados com genealidade.. caraças, eu sou asmático.. LINDO!!!
Quando no primeiro comentário leio que o bacano levou com a recepção do muy grandioso curso Psicologia, então ai quase dei uma mijinha nas calças. ABSOLUTAMENTE HILARIANTE (é que eu sou de Psicologia).
Foi das melhores anedotas que já li na Internet, foi demais.
Queria só frisar que tens um par de erros ali no código que deves ter transcrito mal do original e invertes mesmo o sentido de alguns pontos.
Fora isso.... Venha mais que curti milhões de ler isso.
UM VERDADEIRO CAGANEIRÃO DE RIR!!
LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL
Tu que és um menino de Psicologia, quando um dia acabares o muy grandioso curso, espero que faças uma introspecção e percebas que precisas de tratamento.
Para variar vão buscar rikos exemplos sim senhor, de uma merda de uma academia, onde praxam sem um traje vestido.
E km um traje k nada tem haver km a tradição académica..
Para o VouLargarOTraje uma academia é uma merda porque praxam mal. (Seria preciso dizer algo mais?)
Praxar mal é, antes de mais, praxar sem um traje vestido. Mas não se pode praxar com um traje qualquer. Tem de ser com um que tenha que ver com a "tradição académica" (mesmo que tenha sido inventada há muito pouco tempo)
Para o VouLargarOTraje, a vida académica resume-se a isto: uma vida de merda, mas desde que esteja vestida a rigor.
Sabes k a tua burrice espanta-me, se soubesses realmente o signifikado do traje saberias o pk de não se poder praxar sem ele, e pk é k esse traje do algarve nada tem haver km a tradição académica.
Mas km és um ignorante k fala do k não sabe, akabas por fazer esses tristes komentários..
E pekeno pormenor, eu não fiz kq referencia a eles praxarem bem ou mal.
Mas km é kostume tentas ler as koisas sempre à tua maneira km sempre o fazes, mesmo k não estejam lá eskritas. Este é um óptimo exemplo para toda gente ver o tipo de diskurso k tens.
Eu nao sei porque eh que perco tempo com tipos que adoram mostrar que sao atrasados mentais, mas aqui vai...
Por aquele comentario que fizeste percebe-se claramente que, para ti, praxar sem traje eh estar a praxar incorrectamente, ou seja, eh estar a praxar mal.
E, parece-me, embora talvez nao seja claro naquilo que dizes, para ti a universidade do algarve eh uma merda porque a tradiçao lah eh uma merda.
Tu és um bokado otário não és?
Praxar bem ou mal não tem haver km ter um traje em cima, tem haver km o saberes o k andas a fazer. Praxar sem trajar é apenas uma atitude inkorrecta.
Atitude k demonstra a falta de tradição académica. Eles têm uma tradição kq, mas k nada tem haver km academismo.
E km academia são zero, se é k se pode chamar akilo de academia.
P.S.:espero k entendas o k está eskrito,(isto ker dizer exactamente o k está aki eskrito) não há segundas interpretações possiveis.
Quando usada como advérbio a palavra 'mal' pode significar 'de forma irregular', ou 'de modo diferente do que deveria ser'. Ou seja, 'praxar mal' pode significar 'praxar de modo diferente do que deveria ser' ou 'praxar de forma irregular'. Se fores ver o significado de incorrecto a um qualquer dicionário verás que 'praxar mal' poderá significar 'praxar incorrectamente'.
Portanto, como fui eu quem utilizou a expressão praxar mal, acho que está explicado o que eu queria dizer e de como TU interpretaste mal. Isto era logo claro desde o primeiro comentário que fiz em resposta ao teu patético (já que estamos numa de ofensas) comentário. E o segundo parágrafo deste teu último comentário está rebatido.
E depois voltas a associar a ideia de 'má academia' àquela academia que tem uma má tradição académica. E apenas parece que é porque praxam sem traje ou têm um traje sem tradição. Isto é de novo claro no terceiro parágrafo do teu comentário, ou seja, apenas confirmas aquilo que eu tinha dito inicialmente.
Portanto, tirando Coimbra, todas as outras universidades do país valem zero, pois nenhuma tem tradição académica imitando esta apenas há muito pouco tempo.
Isto, segundo me parece ser o que sugeres, pois a falta de uma qualquer coerência lógica no teu discurso é gritante e desesperante. Ou seja, quando tu dizes que esperas que eu entenda o que está escrito, sem segundas interpretações, é estares a pedir o impossível. Não é possível ler-te sem tentar traduzir para uma linguagem lógica aquilo que parece que queres dizer.
Mas enfim, nem o esforço de outro reconheces.
serraleixo: "Quando usada como advérbio a palavra 'mal' pode significar 'de forma irregular', ou 'de modo diferente do que deveria ser'. Ou seja, 'praxar mal' pode significar 'praxar de modo diferente do que deveria ser' ou 'praxar de forma irregular'. Se fores ver o significado de incorrecto a um qualquer dicionário verás que 'praxar mal' poderá significar 'praxar incorrectamente'.
Portanto, como fui eu quem utilizou a expressão praxar mal, acho que está explicado o que eu queria dizer e de como TU interpretaste mal. Isto era logo claro desde o primeiro comentário que fiz em resposta ao teu patético (já que estamos numa de ofensas) comentário. E o segundo parágrafo deste teu último comentário está rebatido."
Ai ka burro k tu és...
VouLargarOTraje: "Praxar bem ou mal não tem haver km ter um traje em cima, tem haver km o saberes o k andas a fazer. Praxar sem trajar é apenas uma atitude inkorrecta."
serraleixo: "E depois voltas a associar a ideia de 'má academia' àquela academia que tem uma má tradição académica. E apenas parece que é porque praxam sem traje ou têm um traje sem tradição. Isto é de novo claro no terceiro parágrafo do teu comentário, ou seja, apenas confirmas aquilo que eu tinha dito inicialmente.
Portanto, tirando Coimbra, todas as outras universidades do país valem zero, pois nenhuma tem tradição académica imitando esta apenas há muito pouco tempo."
Ai ai ai ai ai, mas pra k é k tou aki a diskutir kestões académicas k kem só diz patacoadas, pois de tradição académica percebes mesmo muito pouko.
serraleixo: "Isto, segundo me parece ser o que sugeres, pois a falta de uma qualquer coerência lógica no teu discurso é gritante e desesperante. Ou seja, quando tu dizes que esperas que eu entenda o que está escrito, sem segundas interpretações, é estares a pedir o impossível. Não é possível ler-te sem tentar traduzir para uma linguagem lógica aquilo que parece que queres dizer.
Mas enfim, nem o esforço de outro reconheces."
VouLargarOTraje:"P.S.:espero k entendas o k está eskrito,(isto ker dizer exactamente o k está aki eskrito) não há segundas interpretações possiveis."
Andas a ler demasiados livros dessa tua poétika forma de falar.
Caro serraleixo, a tentativa de ser com que tentas dialogar denota entusiasta e despreocupadamente que não tem qualquer pudor em demonstrar num espaço público a sua iliteracia vergonhosa (provavelmente, fruto de frequentar uma VERDADEIRA ACADEMIA, em vez da UAlg)
Meu caro, nada temas que eu sei também falar tão primitivo e arcaico dialecto frágil e ignóbil.
VouLargarOTraje larga já a merda do traje e faz-te à vida! Reclamas mas pelo nick continuas com ele vestido! O serraleixo tem razão e de forma que entendas ÉS BURRO QUE DÓI, provavelmente nem sabes comer com garfo e por isso desconversas. NÃO SABES DISCUTIR, NÃO SABES LER, NÃO SABES RESPONDER é normal que não percebas as respostas que tem enviam.
NÃO FALES MAL DA MUY GRANDIOSA ACADEMIA DA UAlg, POIS AQUI AO MENOS ESCREVEMOS PORTUGUÊS.. VAI APRENDER A ESCREVER BURRO! APRENDER A ORGANIZAR AS LETRAS NAS PALAVRAS E USA-AS CORRECTAMENTE. K's e X's palavra sim palavra não?!?! É O QUE TE ENSINAM NA TUA VERDADEIRA ACADEMIA?! NEM SABER ESCREVER SABES IGNÓBIL MARSUPIAL!!!
Volta para a primeira classe e assim que aprenderes a escrever, podes voltar e tentar discutir.
BICHO BURRO!!!
Binoculuus Embaciaduus e eu a pensar que se andava aqui a discutir questões académicas...
(e afinal consigo escrever sem os "k" e os "x" já viste?) Se perdesses algum tempo, tinhas reparado que essa observação ridícula, já tinha sido feita anteriormente à minha pessoa, e que realmente isto não é um blog de língua portuguesa.
Além do mais com esse paleio todo não me mostraste no que é que estou errado.
Binoculuus Embaciaduus:"NÃO SABES DISCUTIR, NÃO SABES LER, NÃO SABES RESPONDER é normal que não percebas as respostas que tem enviam."
Quanto a isto, se reparaste o que eu disse é que não vale apena discutir com quem não sabe o que fala. Em relação ao ler, o problema é tentarem achar segundas intenções no que digo. O não saber responder, resulta do facto, de não saber do que fala e de tentar ler o que eu não escrevo.
Binoculuus Embaciaduus: "...provavelmente nem sabes comer com garfo e por isso desconversas."
Pois tens razão, em com garfo não, só consigo comer de garfo e faca, olha temos pena, ninguém é perfeito.
Binoculuus Embaciaduus: "(provavelmente, fruto de frequentar uma VERDADEIRA ACADEMIA, em vez da UAlg)"
Não querendo defender ninguém, tentando apenas ser justo, não foi o serraleixo que falou de verdadeiras academias, ou fez referências ao mesmo, fui mesmo eu, logo não vejo razão para tares a utilizar isso como forma de o atingires.
E sim admito que o disse, porque duvido muito que me consigas provar, que o academismo aí na UALG, não é beber copos e comer gajas. Mas a culpa não é vossa, a culpa é de quem não vos passou o conhecimento e vos explicou as coisas como deviam ser.
VouLargarOTraje"Não querendo defender ninguém, tentando apenas ser justo, não foi o serraleixo que falou de verdadeiras academias, ou fez referências ao mesmo, fui mesmo eu, logo não vejo razão para tares a utilizar isso como forma de o atingires."
Pois bicho burro eu não quero atingir o serraleixo, estou do lado dele. Exactamente por teres sido TU MESMO a dizer isso é que dirijo isso A TI e não a ele.
Repito, volta para a primeira classe e aprende a ler e a interpretar.
Outra coisa eu não tentei mostrar que tavas errado, tava só a sublinhar a tua burrice, bicho burro. Bicho burro, não vê onde tá errado nem que o erro lhe bata nas trombas! Como tal, não me vou dar a esse trabalho. A minha preocupação mesmo é que percebas que és burro. Não tenhas problemas em assumi-lo.
E não te dirijas mais a mim bicho burro, que duvido que tenhas estudos para isso. Vai-te lavar por baixo.
Espero que gostes tanto desta "desconversa" como outros têm gostado da tua.
Beijinhos fofos***
Ps:Pode não parecer, mas eu adoro animais.
Adoro ver gente frustrada ahahahhah
Binoculuus Embaciaduus: "Outra coisa eu não tentei mostrar que tavas errado, tava só a sublinhar a tua burrice, bicho burro. Bicho burro, não vê onde tá errado nem que o erro lhe bata nas trombas! Como tal, não me vou dar a esse trabalho. A minha preocupação mesmo é que percebas que és burro. Não tenhas problemas em assumi-lo."
Komo poderias tu mostrar k estava errado. Kontra factos não há argumentos.
Acho engraçado, vir uma peça destas pra ki, só para dizer isto. AHahhaha, vir uma pessoa a um blog, k em vez de defender a sua academia, vem só deskarregar as suas frustrações.
Sinceramente nem vou continuar esta konversa, pois ktg não se aprende nada.
P.S: "Espero que gostes tanto desta "desconversa" como outros têm gostado da tua." komeço a konkordar km um rapaz k aki teve a komentar o blog, acho k se chama Thyrs (e agora sim, tou a insinuar)
Só visto...
...triste, muito triste.
@Binoculuus Embaciaduus
O meu amigo Binóculo deve ser daqueles praxistas mauzões que anda aqui na UAlg, mas depois perguntamos-lhe o que é a praxe e o que se vê é a sua boca a entupir-se, carregada de cagalhões de ignorância.
Meu pobre animal...
Oh, Napalm, vai-te emular com a malta do MATA..
Se alguém o sabe fazer sou eu.. pôe-te a jeito que eu ensino-te!
Se calhar deixávamos as ofensas pessoais e desmedidas e voltávamos ao assunto deste post.
VouLargarOTraje, poderias dizer-nos a faculdade onde estudas e talvez enviar para o mail do mata o seu código de praxe?
Quanto à praxe na UAlg, os primeiros vídeos do youtube, que se encontram pesquisando por "praxe" e "ualg", são esclarecedores do que por lá se faz, mas não é muito diferente do que se vê noutras faculdades:
1 - http://www.youtube.com/watch?v=A0iZ1PyMjGY
Neste o caloiro tem de dar um beijo numa cabeça de um leitão. o que se vê não é o contentamento dele mas sim o gozo que os que praxam têm quando ele o faz. Ouvem-se os praxistas a gritar "Mais depressa, caralho", ouvem-se comentários não se sabe bem de quem "Que nojo!".
Enfim, as imagens são assustadoras. Por várias razões:
- houve quem tenha tido a "ideia" (entre-aspas porque isto não é uma ideia, é uma depravação grave; qualquer psicólogo o confirmará) de fazer uma coisa destas;
- houve quem se tenha submetido a uma coisa destas, por livre vontade ou não, é-me indiferente (se bem que se foi por livre vontade ainda seja mais assustador...)
- Não se compreende o objectivo da "brincadeira" em termos dos supostos objectivos da praxe - integração, entreajuda, colaboração,..., aquilo que se ouve dizer da boca dos praxistas.
- Obviamente, isto não entra em contra-censo com o código da praxe da UAlg, visto os caloiros serem "bestas" e não terem direitos alguns (tal como se vê escrito em vários códigos de praxe por esse país fora...). Isto é, o código de praxe não passa de um pedaço de papel que serve apenas para apregoar a tradição e a legitimidade de uma coisa ilegítima e em nada tradicional.
2 - http://www.youtube.com/watch?v=caq-97jXJ7c
O segundo vídeo é de um tribunal de praxe onde diversos caloiros vão ser julgados em praça pública. E aqui daria para escrever um tratado sobre esta actuação sombria...
3 - http://www.youtube.com/watch?v=o6lsl2kUMRY
O muito "tradicional" (de norte a sul do país) cântico das 5 prostitutas. De facto, estão divertidos e podres de bêbados.
Mas a degradação e vazio de conteúdo, objectivo ou seja do que for, revela a estupidificação das pessoas. Mas, enfim, cada um diverte-se como quer. (Mas tenho a liberdade de criticar e exigir, de pessoas que estão a frequentar o Ensino dito Superior, outras coisas ou não? É que parecem uma cambada de animais acéfalos...)
E por aí fora. O que se vê das praxes no youtube e ao vivo de norte a sul do país não foge muito disto quer queiram quer não. Os códigos da praxe também não fogem muito disto. Os trajes também são todos muito semelhantes (negros e uniformes, como se de um exército de mentecaptos se tratasse).
Pronto é isso...
Ó binóculo, nem um homem quanto mais tu.
A jeito metem-se os teus caloiros, tão qual umas putas vendidas, só que em vez de serem penetrados por ti, são penetrados pelo teu vazio intelectual e humano, meu pobre diabo.
Eles coitados não sabem melhor, e tu muito menos...
Já agora, já que percebes tanto de tradição académica, diz-me em que trajes é que inspiraram para criar o traje da UAlg? (e claro que não foi só no traje do Infante meu acéfalozinho...)
Se não quiseres ser humilhado aqui publicamente, podes enviar a resposta para o mail indicado em baixo.
Picaste a ver se eu mordia o isco não é?! Manda-me um mail para a gente combinar um sítio para falar cara a cara.
ruinavalha@sapo.pt
Caro Napalm, o traje da UAlg, alé de inspirado no Infante D.Henrique (Especificamente o infante do traje conhecido entre ignorantes por chapéu) é també inspirado no traje tradicional algarvio, das gentes das lides do mar.. é daí que vêm os folhos da camisa, plainas, etc..
Conheço minimamente.
No que toca a uma rixa, diz-me só o que vale: mano-a-mano, levar a famelga, armas brancas ou armas de fogo?
Binóculo,
lamento desiludir-te mas estás errado.
Do traje tradicional algarvio, certo menos, alguns elementos são, outros não.
Das gentes das lides do mar, completamente errado.
"Conheço minimamente"
Com que então, andas a praticar certos e determinados "rituais" numa onda de conheço minimamente! É no minimamente, ridículo.
E diz o menino que anda a estudar para psicólogo...
"No que toca a uma rixa..."
Por quem me tomas?! O animal aqui és tu. Ou já te esqueces-te que outrora te chamaram besta e que andaste em 4 patas. E pelo que vejo ainda não evoluíste para a forma humana, para desagrado, presumo eu, de todos os outros animais "irracionais".
..quando me convidaste para uma conversinha cara a cara, pensei que me estivesses a convidar para um saudável e desportivo confronto físico. Cara a cara é realmente uma expressão que pode com facilidade induzir em erro.
Lamento se não é o caso..
Em relação a praxar, conhecendo minimamente a origem do traje da UAlg, nem comento e quando o associas à minha futura pratica, não percebo o que queres dizer. Estás a por em causa o meu discernimento e falta de sensatez ao avançar sem conhecimento completo e transpor isso para o meu desempenho futuro na pratica de psicologia? à ambivalência entre os princípios da praxe e o código deontológico da profissão?
Ao que te referes concretamente nesse ponto? Aqui prefiro, não dar largas a interpretações erróneas.
"Em relação a praxar, conhecendo minimamente a origem do traje da UAlg, nem comento..."
Não comentas porquê?
Porque sabes que erraste ou porque simplesmente não conheces a história do traje?
"Estás a por em causa o meu discernimento e falta de sensatez ao avançar sem conhecimento completo e transpor isso para o meu desempenho futuro na pratica de psicologia?"
Exactamente.
Não comento porque não preciso de conhecer a constituição orgânica de um ovo para reconhecer um ovo ao olhar para ele.
Em relação a misturar a praxe com a carreira, gostava que argumentasses. Disparar merda para o ar todo o mundo sabe fazer, explica-me é porque? Porque é que uma implica a outra???
Comenta, e depois eu argumento o meu ponto de vista da praxe e da carreira.
Não comentando comentei.. com a analogia do ovo. Apesar de ser uma falha não conhecer em pleno a origem do traje da UAlg, não creio que esse desconhecimento venha a contaminar a minha pratica na praxe.
Agora por favor, dá-te ao trabalho de explicar a causalidade entre praxe e pratica profissional. Estou deveras curioso.
Sou uma aluna de Psicologia da UALG, prestes a ser académica. A realidade da minha situação é esta: entrei na segunda fase, logo, não fui praxada. No 2º ano umas colegas que tb entraram cmg na 2ª fase foram praxadas pke quiseram. Eu não fui praxada, nem sequer me declarei anti-praxe, não preciso disso pra nada, ninguem me vai dizer nada mesmo! E vejam só: sempre fui a jantares de curso qdo me apeteceu, posso trajar como me apetece, falo com meus colegas, tenho mts amigos, ninguem me diz o que devo ou não fazer e praxar este ano que vem? Não gosto de praxar mesmo, pra quê? Mas obviamente se houver algum problema intrometo-me e NINGUEM tem nada a ver com isso, seja ou não baptizada ou tenha ou nao padrinhos. Regras? Leis? Códigos de praxe? O que é isso afinal? Tudo passa por uma anedota mt engraçada por estes lados.
H.
Cara H,
para já a designação de académica não é a correcta pois tu não segues as regras da praxe, e o título de "académica" é sem dúvida um rótulo da praxe (e sim eu sei que é uma força de expressão).
Tu provavelmente soubeste impor-te e ganhaste respeito por isso, mas nem sempre é assim, e todos sabemos que umas pessoas têm mais facilidade ou dificuldade em imporem-se. Devido a este facto as pessoas aqui na UAlg são postas de lado ou obrigadas a fazer praxe para que possam ter direito a certas regalias tais como trajar ou ir aos jantares.
Dou-te o exemplo de colegas do meu curso que foram literalmente obrigadas a fazer praxe e ir ao desfile de modo a não serem consideradas anti-praxe. E neste belo curso quem é anti-praxe não vai a "lado nenhum".
Por isso podes ver que as coisas não são tão literais como a tua afirmação: -"Regras? Leis? Códigos de praxe? O que é isso afinal? Tudo passa por uma anedota muito engraçada por estes lados". Isto porque existem pessoas que ainda não têm 2 dois de testa e levam as coisas à letra, como é o caso do teu "colega" Binoculuus Embaciaduus.
Eu por mim não me importo que exista praxe na UAlg, desde que o regime seja totalmente livre e isso claramente não acontece. As pessoas são obrigadas a fazer praxe para não serem ostracizadas. Quem não quiser ser praxado tem que ter os mesmos direitos dos outros menos o direito a praxar como é óbvio, e isto sem qualquer tipo de pressões. Não posso ser contra a praxe se as pessoas estão lá de livre e espontânea vontade. Cada um é livre de fazer o que quiser com a sua vida.
O regime como está actualmente é que não pode continuar (isto em alguns cursos) e se assim for a praxe tem que acabar dentro da UAlg. E por algumas coisas que tenho lido está mais perto de acabar do que perseverar. Esse dia está a chegar...
P.S. a designação correcta da Universidade do Algarve é UAlg e não UALG.
Devido a esse mesmo perfeccionismo utilizado na "UAlg" e as tais expressões que se utilizam, que o mundo está como está. Se estão assim tão chateados com esta situação, então que se imponham. Cada um tem o direito de exprimir suas opiniões. Estamos num país democrático ou não? Pensava que sim. O traje veio antes das praxes, na história da Universidade de Coimbra percebe-se melhor este esquema académico. Agora quem obriga fazer algo que não queremos fazer é contra a lei, isso é que é contra a lei. Portanto, quem tem alguma coisa contra aquilo que se faz ou deixa-se de fazer, dou força para continuarem a lutar em relação a esse aspecto. Sei que existem cursos mais rígidos que outros e é por ai que deviam começar a tentar mudar mentalidades. Agora no meu caso? Eu estou no meu canto, nunca ninguém me disse nada, nem cheguei a conhecer todo o pessoal do 3º ano, muito menos do 2º qdo eu ainda estava no 1º. Isto tudo é muito relativo, há cursos e cursos. Quem está mal então que tente mudar o que já está enraizado há dezenas de anos.
H.
"Quem está mal então que tente mudar o que já está enraizado há dezenas de anos".
Se fosse assim tão fácil era bom...
As pessoas têm a tendência de seguir o rebanho, são autenticas ovelhas. Devido a este facto os anti-praxe/não ser pela praxe calam-se e para não existirem confusões. As próprias pessoas auto-limitam-se e assumem uma postura inferior.
E como não têm cultura acerca dos desígnios da praxe, vão-se deixando ficar e morrer aos bocados.
O problema é que para além dos anti-praxe/não ser pela praxe não saberem os seus direitos e não reivindicarem mais direitos, existe ainda o problema dos praxistas não saberem o que é que andam a fazer e não possuírem o conhecimentos necessário acerca da praxe, e para fazer praxe, acabando por renegar tudo o que lhes parece estranho.
Outro problema que existe é a objectificação dos anti-praxe/não ser pela praxe que são tratados como meros peões. Os próprios praxistas não sabem o impacto que têm na vida daqueles que renegaram. Liga-se o piloto automático e já está...
Por outro lado, esta falta de conhecimentos acerca da praxe, é, exactamente o que vai acabar com ela. A praxe é um monstro que vai fagocitar a ele próprio.
Outra questão que se coloca, é com que direito é que é exigido às pessoas que tomem um lado?
E porquê?
Era de levar esta problemática da praxe ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
É bastante claro que existem direitos que estão espezinhados...
Em defesa da praxe praticada no meu curso tenho a dizer o seguinte:
A minha cara colega nunca sentiu estar de parte, pode e continuará a poder comparecer em jantares e teve relativa facilidade em fazer amigos e contactos entre os colegas (esclusão das dificuldades sentidas por quem chega na 2º fase, sei porque tambem vim na 2º) porque no nosso curso, não somos extremistas. Tentamos respeitar ao máximo o vigente código mas sem os exageros de outros cursos. Acima de tudo preocupados com o bem estar das Bestas.
Não sei se a colega assistiu á praxe deste ano, mas a corrida ás águas não cessavam, a procura de sombras, muito menos! Em vez da terra no meio da mata preferia-mos a relva. Foram destribuidas fraldas (rapido e barato) para usarem na cabeça com o pretexto dos Académicos se protegerem das ideias de merda das Bestas, quando na verdade era para as proteger do sol no deslocamento até ás sombras... e quando as bestas nos disseram que afinal aquecia demais, foram logo ordenadas que as tirassem. No seguimento de uma praxe deitados na relva, quando as Bestas se queixaram de comichões nos joelhos e cotovelos, foram IMEDIATAMENTE destribuidos toalhetes em abundância tal como soro fisiológico e água engarrafada para poder reverter a situação. Sempre foram encorajados a ir ás aulas e eram mesmo acompanhados ás salas pois muitos ainda não sabiam onde eram. Passou-se constantemente mensagens de camaradagem e entre-ajuda, principios de união e apoio. Não passaram fome, não passaram sede, não foram privados de wc, não foram privados de vicios pessoais ou tlm, não foram alcolizados contra vontade (como se viu nalguns cursos). PREOCUPAÇÃO SEMPRE VIRADA PARA AS BESTAS durante a aplicação da praxe. Não foi aplicada qualquer praxe de índole sexual ou violenta, recorria-se frequentemente a provas de confiança (não sei se a colega conhece... já deve ter tomado contacto com algumas em alguma cadeira), teatros e representações de peças famosas. Mas a colega não viu nada disso pois não?! Meteu na cabeça que era uma merda e gora já se prepara para se armar em galifona nas próximas praxes... tenha juízo e não tente entender o que não se deu ao trabalho de perceber.
Quer dizer, no fim das contas toda a gente se divertiu, dentro das normas da praxe e dentro do ambiente da praxe. Ambiente esse em que se impunha a ordem e disciplina, mas que no fundo as Bestas percebiam quase com uma representação que eles próprios desempenharam muito bem.
Quer dizer, quem não sabe é como quem não vê...
Seja como for, nunca ninguem foi maltratado ou posto de parte por não participar... muito pelo contrário.
Por isso cara colega, sugiro que não se revolte á priori contra um sistema que nunca a desprezou e que você mesma não conhece.
Tenham calma com os ânimos! Afinal qual é a questão? Quem quer, quer, quem não quer, não quer. E ninguém tem nada a ver com isso. Simples. Não compliquem as coisas que podem ser resolvidas a bem. Não é andarem ai a julgarem-se uns aos outros e proliferarem mais revolta e desorganização. É hora de colocarem as opiniões num papel e juntarem tudo, para que sejam expostas em cima da mesa de discussão. Não nos adianta andarmos como cães raivosos, discutindo e blasfemando uns contra os outros para ver quem tem mais ou menos razão e ver quem vence esta "guerra". Não viram ainda que NÃO resulta? Não vos serve de nada discutirem aqui, se nada fazem para mudar o que acontece no exterior deste blog. Se querem resolver esta questão, então precisam de mudar de estratégia. Comecem a organizar as ideias, para que se possa mudar mentalidades e opiniões, que eventualmente fará mudar tradições.
H.
Isto é daquelas coisas que não vale a pena lutar contra. Por muitas razões que se tenha para se criticar a praxe, os "anti" serão sempre uma minoria, devido ao nível cultural e de educação dos portugueses. Basta um cérebro microscópico para perceber que no último estádio da educação de um indivíduo (onde este devia ser praticamente um adulto bem formado) ser tradição os novos alunos andarem com uma bosta de merda ou semelhante em cima da cabeça e serem chamados de bichos ou de bestas é fruto de uma sociedade altamente desevoluída e reles. Não é por virem aqui apresentar grandes teorias sobre respeito e amizade que vai mudar a praxe. A praxe vai mudar numa de duas alturas: ou quando houver algum caloiro que se revolte e faça uma matança ou algo chocante, ou quando os cérebros dos portugueses atingirem pelo menos a puberdade.
Apenas estou a deixar este comentário como uma forma de transmitir a minha opinião em relação a este assunto. Fiz parte da praxe e voltava a faze-lo! A tradição académica no seu verdadeiro espírito não pressupõe a humilhação de ninguém, pressupõe sim a integração a luta de uma classe! É verdade que hoje pode ser vista apenas como " borgas e festas"...não sejamos tão redutores! Se conhecerem um pouco da tradição académica e mesmo da história de Portugal iram perceber que muitas das lutas pela liberdade de expressão, os estudantes tiveram sem dúvida envolvidos e é aestes que devemos a nossa historia! Não se vive do passado é bem verdade..mas desculpem não podemos descarta-lo de modo algum. Para todos os membros deste movimento apenas espero (e não sabendo o vosso grau de conhecimento da tradição académica) que pesquisem, conheçam!
Caro colega, hás de me explicar como é que se faz amigos de quatro, a olhar no chão, a levar com berros nos ouvidos, a ser chamado de besta, a beber álcool descontroladamente e com uma pasta nojenta em cima da cabeça. É que não consigo perceber de maneira nenhuma...
Não conheço a praxe de antigamente, podia até ser a melhor coisa do mundo, mas nós lutamos contra o que está mal no presente e não no passado. A praxe actual é uma ofensa aos milhões de anos de evolução. Parece que a selecção natural de Darwin não actuou neste campo.
Pois bem, eu fui praxado, acho que não morri por isso, tenho boa relação com os academicos, conheço-os melhor do que aos mancebos. Quanto ao ritual, tal como em muitas organizações centenárias é preciso passar pela humilhação para depois subir na hierarquia. Outro pormenor, o traje algarvio é azul...
@sheuzip
És o típico ridículo chove no molhado redundante.
Com que então, conheces melhor os teus académicos que os mancebos!!!
Pois pudera, se foste fantoche semana e meia nas mãos deles, estranho era se não os conhecesses.
Vamos ver, se quando o teu chefe (no teu futuro emprego) te pedir sexo anal a troco de uma promoção, sofres a humilhação para subires na hierarquia, ovelha.
A Praxe na UAlg é merda.
São uma cambada de frustrados a libertar os abusos que sofreram por parte de outros frustrados como eles.
Se chamar besta e humilhar o colega é integração, proponho que quando tiverem filhos os eduquem assim, já que acreditam tanto na doutrina.
O reitor da UAlg é outro cobarde, que nem sequer tem coragem para proibir as praxes dentro da universidade.
É só jogos de interesses com os grunhos da associação académica.
Hoje vi uma rapariga toda suja chorando, com um bando de abutres gritando-lhe aos ouvidos. Estava sem dúvida chorando de alegria, por ter feito tantos amigos e ter-se integrado tão rapidamente.
A praxe é merda, e é tão merdoso quem praxa como quem é praxado.
Ser praxado é não ter respeito próprio.
Eu acho que me sujeitaria à praxe só para na terceira matrícula fazer uma praxe como deve ser: sem apelidos de besta, sem olhar no chão, sem pinturas nem porcaria. Apresentar a faculdade, a biblioteca, as salas de estudo... Dar a conhecer as disciplinas de primeiro ano e segundo, a melhor maneira de as ultrapassar, fornecer ajuda aos mais atrapalhados. Uma forma saudável seria correr à volta da Universidade, com o intuito de a mostrar aos caloiros, cantar coisas decentes e educadas relacionadas com o curso. Incutir o espírito de camaradagem e de não deixar um colega para trás - motivando os bons alunos a ajudar os outros.
Sem álcool, sem ordinarices, sem sujidade, sem pinturas.
Impossível, o código de praxe não permite as boas práticas.
@Anónimo (23 de Setembro de 2010 00:34)
Até poderias ter boas intenções, mas para além de teres de passar por cima do código de praxe, ainda tinhas que passar por cima dos teus colegas que provavelmente não têm tanto discernimento como tu, e gostam de práticas boçais e ridículas.
A UAlg é povoada por ignorantes, e com ignorantes é difícil dialogar porque eles nem sequer têm a inteligência para compreender pontos de vista diferentes do seu. Nem sequer atingem esse patamar.
Eu gostava de saber porque é que os que não são praxados incomodam tanto os que são/foram. Não é a praxe excelente? Não deviam os últimos estar satisfeitos e felizes por terem experimentado a melhor altura do percurso académico? Os não-praxados é que se deviam sentir mal, faltaram ao evento mais nobre da Universidade... E depois, em vez de irem aos jantares de curso, ficam em casa a estudar! Que chatice!
Vê lá, se os que ficam em casa a estudar não te roubam o lugar no (teu suposto) futuro emprego.
E depois tens que andar a distribuir a dica da semana ou então a prostituir-te (se bem que nesse campo já tens experiência, pois o teu comentário é digno de um/uma protistut@ moral).
Que chatice!
Ri agora, chora depois...
Não percebeste o que escrevi, ou então escrevi mal. Percebo a maneira como interpretaste o comentário, e dessa maneira sim, é digno de uma autêntica prostituta moral! lol
Contudo o verdadeiro sentido resume-se ao seguinte:
Supostamente, se a praxe é a melhor coisa da Universidade, os praxados/praxistas deviam andar muito felizes com as suas vidas. Contudo, o "pobre" anti-praxe, coitadinho, está excluído dos jantares de curso, do traje e tudo mais. A vida dele resume-se a andar caladinho e estudar.
O pobrezinho é um inocente, não fez mal a uma mosca, mas no entanto é uma pedra no sapato dos "grandes e nobres" adeptos da praxe. Porquê? Será que os praxistas reconhecem uma certa superioridade moral naquele que recusa a tradição académica? Será que os praxistas têm inveja da dignidade dos anti-praxe? Os praxistas terão a noção de que eles próprios não passam de bois? Estarão eles no fundo frustrados e com vergonha do que passaram e com medo de aceitar esse facto?
Eu li o teu comentário duas vezes, e após a segunda leitura pareceu-me que estavas numa de ironia, por isso resolvi comentar.
És alun@ da UAlg?
Penso que já era tempo de nos reunirmos (os anti-praxe) e discutirmos algumas ideias.
Penso que os praxistas são invejosos, e como tal querem-te fazer pertencer aquele grupo à força.
Mas não percebem que os anti-praxe já se sentaram no muro e viram a liberdade.
E ai, como bons invejosos formatados, se não podem ter uma coisa preferem destruí-la, neste caso com a exclusão.
Sim, realmente os praxistas são bois. Foram ensinados com a cara enterrada no chão, e agora só sabem fazer daquela maneira. Estão tão embrenhados no seu mundo que nem sequer percebem que o que estão a fazer é errado e indigno.
São como uma criança vitima de pedofilia, que pensa que o sexo entre um adulto e uma criança é algo normal.
A praxe para eles é algo completamente justificado. Não sabem melhor, e nem sequem querem saber.
O mínimo que se pede é que façam praxe, mas deixem os anti-praxe ser. Ser isso mesmo, livres.
Sim, sou aluno da UAlg. É bom saber que não sou o único a resistir à tradição naquela Universidade.
Penso que cada vez mais, seremos mais.
Vá lá que o objectivo é integrar...
http://www.youtube.com/watch?v=hZwRIbYhF90
Quanto mais vejo vídeos destes, mais me orgulho de ser antipraxe.
ahahhahahah
este blog está uma maravilha.
Acho que nunca me ri tanto na minha vida!
Para alguém que despreza tanto os "trajadinhos", parece-me que estas a dar aos "trajadinhos" importância a mais! Se és contra as praxes é simples, declara-te anti-praxes ninguem vai te praxar a força. Quem está a ser praxado, é praxado por sua livre e espontanea vontade. Meu Deus, este video que está aqui, as raparigas estão quietas a serem praxadas, nao reclamam (e, sim existe a liberdade de expressão na Ualg). Eu fui praxada, houve coisas que eu recusei a fazer, simples, ninguem me obrigou! O Código da Praxe tem várias contradições, até O Código Civil Português tem contradições! Mas só para relembrar, adorei este blog, continua a postar as tuas ideias e ideais. E VIVA A Ualg e toda a sua tradição académica
p.s. Adoro os emblemas do pai, da mae, da tia, do cão, da vizinha
Concordo (ou não) que "quem está a ser praxado, é praxado por sua livre e espontanea vontade", mas será que podemos chamar a isto integração?
Sem dúvida que é uma integração, mas não podemos dizer que é no seio académico. A praxe introduz na praxe, mais nada. E introduz o álcool àqueles que não bebiam e que não tiveram coragem para o recusar.
Tradicionalmente, os praxistas são os alunos mais avançados, mais pertos de finalizar o curso, logo, com mais educação.
Quantos "caralho" se contam nesse vídeo? Além de reles, ainda são mal-educados, esses doutores. É a praxe no seu mais alto nível.
Quanto ao assunto integração, há muito que se diga. Existem cursos em que existe mesmo essa tal integração (eu pelo menos senti isso no meu de caloiro), mas também já vi praxes em que os académicos estavam mais interessados em saber quem iriam eleger como miss caloira, por isso acho que nao se deve generalizar. Relativamente as asneira, é o tipico do português que diz asneiras desde o acordar até dormir.
"por isso acho que nao se deve generalizar. Relativamente as asneira, é o tipico do português que diz asneiras desde o acordar até dormir".
Isto é que são desculpas típicas...
penso que se todos os alunos anti-praxe da ualg se juntassem, iriamos verificar que secalhar não somos uma minoria assim tão pequena
Já tinha falado disso. É tempo de debater algumas ideias.
Posso pôr-vos em contacto se quiserem conhecer-se para discutirem isso. Enviem um email ao mata.info@gmail.com a dizer que são da UAlg e que querem reunir-se com as outras pessoas da UAlg que não gostam de praxe e eu dou os vossos emails.
Era muito bom começar a criar discussão em mais sítios! :)
Pessoal!!!
Todos os alunos da UAlg (anti-praxe/não goste de praxe) que estiverem interessados em discutir algumas ideias e conceitos, por favor enviem os vossos contactos para o endereço indicado por o serraleixo (mata.info@gmail.com).
Eu já enviei o meu. E tu estás à espera do quê?!
BASTA!!! Chega de discriminação.
"Os abusos, que destroem as boas instituições, têm o privilégio fatal de fazer subsistir as más".
As tradições fazem parte do perfil de uma "sociedade".Ao longo do tempo são transformadas consoante as modificações psicológicas da época. Se não a transformares e não a praticares, a tradição morre... e lá se vai o perfil de uma "sociedade".
A morte de certas tradições dão novo perfil à sociedade, pois fazem-na avançar.
Tradição não é sinónimo de bom.
Vi este post e achei bastante interessante em dar a minha opinião.
Sou aluna da Ualg no curso de Educação Social e entrei este ano lectivo 2010/11.
Fui praxada, e sinceramente pensava se a praxe seria mais "acolhedora", mas não foi.
Senti-me várias vezes humilhada ao fazer certas atrocidades que mandavam fazer, entre várias coisas, uma delas foi a musica das "7 prostitutas", gritar ordinarices no meio da rua, e também sentir-me mais suja que um porco numa poça de lama.
Por sorte, escolhi 2 madrinhas bem queridas que se têm disponibilizado para ajudar e que também não foram daquelas que torturaram muito.
Se eu quero praxar?
Bem, eu quero, mas não quero fazer aos outros aquilo que me fizeram a mim, quero "praxar" de uma maneira diferente, que possa acolher os novos alunos sem que eles se sintam oprimidos pela "força" de uma hierarquia mandada pela tradição.
Quanto ao código de praxe da minha universidade nem vou comentar, pois há nele várias coisas que eu também não concordo.
Pelo que percebi, tu não queres "praxar" tu queres sim receber os alunos com dignidade. Tu queres outro sistema. E nisso estamos de acordo. Porque a praxe baseia-se num acolhimento em que os alunos são "oprimidos pela "força" de uma hierarquia mandada pela tradição", como tu bem dizes. Apoiado!
Ó rapariga, eu já tentei fazer isso e não me deixaram. Se te queres manter na praxe tens que ir com o rebanho. Porque há dois rebanhos: o rebanho dos caloiros e o rebanho dos "doutores".
Li e reli este texto e os comentários que o adornam, confesso que não concordo com cerca de 90% do que aqui está escrito e que considero com direito a opinar.
Tendo feito parte de diversas comissões de recepção ao caloiro (onde se incluíam indivíduos anti-praxe, mas aguerridos defensores da tradição académica) na Universidade do Algarve, Douta Instituição, vesti por muitas vezes o papel de "vilão", do praxante - convém referir que a minha praxe, no ano de 1989/1990, faz, juntamente com outras e orgulhosamente, parte das histórias académicas da Universidade do Algarve -, papel do qual não me arrependo, fui um dos primeiros a vestir o Traje Académico e pertenci a alguns Tribunais de Praxe.
A Praxe, como foi regulamentada nos anos 90 na Academia Algarvia, pretendeu impedir abusos por parte de indivíduos que achavam acima de tudo e de todos. A Praxe serve única e simplesmente para inserir os novos estudantes na comunidade académica.
Não sou a favor de todas as tradições, nomeadamente se estas forem de origem violenta, como a Tourada, respeito quem as defende. A Praxe Académica não pode, nem deve, ser conotada com algumas práticas inumanas praticadas noutras Instituições, a Praxe Académica não pretende ser criminosa, mas socializante.
O que eu acho é que a praxe é um pretexto para a bebida.
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