Estudantes em “flagrante delitro” na semana em que as praxes voltaram à agenda
Público,26-09-08
A festa dedicada aos caloiros no arranque do ano universitário não está directamente ligada às praxes. Não as promove, mas também não as proíbe. Por isso, é inevitável ver chegar grupos de caloiros acompanhados pelos novos colegas orgulhosamente trajados a rigor. Gritam, fazem-se ouvir e cantam músicas, de gosto mais ou menos duvidoso.
Esta semana, o tema das praxes voltou a ser falado depois da recomendação enviada às universidades pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da proibição de fazer praxes decretada pelo presidente do Instituto Superior Técnico. No meio do turbilhão de capas pretas há uns mais atentos do que outros à polémica, mas, no final, o discurso é sempre o mesmo: “Os caloiros estão aqui porque querem, nós não obrigamos ninguém a ser praxado. Damos-lhes uma boa oportunidade para fazerem coisas que nunca pensaram, como gritar e fazer palhaçadas no meio da rua”, defende Sofia que frequenta o 2º ano de Medicina da Universidade de Lisboa. “Desenvolvem amizades e ligações fortes que duram durante o curso porque vivem momentos únicos e fortes de união”, justifica ainda a estudante.
Há mais coisas curiosas na notícia: para quem não saiba, ainda há quem acredite que o "Código da Praxe" é mesmo um "documento" regulador de alguma coisa. Será que regula, por exemplo, que uma pessoa que acabou de entrar na faculdade não seja alvo de insultos piores que "verme" ou "besta"? Ou regula que os estudantes da mesma Universidade têm estatutos diferentes, mas não mais diferentes do que o que está escrito?
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Diz-se que a festa é feita para "receber", mas é organizada pela Super Bock
Publicada por feija em sexta-feira, setembro 26, 2008
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4 comentários:
Ahah. O título é muito giro, mas não percebi uma coisa...
Preferes Sagres, é?
Não percebi o sentido...
E é verdade, não há nenhum caloiro que esteja na semana de praxe, que não o queira.
Quem tem boca vai a Roma, sempre ouvi dizer.
Aproveitando o ditado citado acima, quem não quer ser chamado de besta que riposte...Tipo?!
Se vocês têm algum tipo de problema em relação à praxe, falem das vossas experiências e de quem vos maltratou..Mas o pior é que não devem ter qualquer experiência.
eheh...
Vá, continuem lá a meter coisas na boca dos outros, que é giro vir ler estas coisas.
Até logo.
Só tenho pena da não haver um movimento como este na FEUP
Para fazer um movimento como este não é preciso muito. Basta reunires uns amigos que como tu desconfiem da conversa da Praxe e comecem a discuti-la. Depois é pensarem numas coisas de que gostariam de fazer. Seja pintar umas paredes, fazer um convívio diferente, etc, onde critiquem a praxe e a tradição académica e o mundo em si. Porque a faculdade é o reflexo do mundo. «Se isto é assim, é porque a sociedade é aquela».
"Para fazer um movimento como este não é preciso muito."
Algumas pessoas com bom senso, pelo menos são precisas e achas isso pouco?
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