segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mais de 1200 alunos já cancelaram este ano a inscrição só em três das universidades

A notícia do Público de hoje, por Samuel Silva, com o título acima e que transcrevemos na íntegra mais abaixo, sugere que o aumento do número de alunos que cancelou a sua matrícula no Ensino Superior tenha origem em dificuldades económicas associadas a um menor número de bolsas e no valor atribuído, decorrentes do novo regime de atribuição de bolsas. Seria importante determinar se assim era mas parece que o ministro demonstra uma falta de preocupação por estes casos. As associações de estudantes acordaram tarde para o problema (mas parece que já o identificaram).

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Quase 750 estudantes cancelaram a sua inscrição nas universidades do Porto e de Coimbra desde o início do ano lectivo. Também na Universidade do Minho (UM) o número de abandonos ronda os 500. As associações académicas atribuem culpas às novas regras de atribuição de bolsas de estudo.

A maioria das desistências teve lugar na Universidade de Coimbra, onde 598 estudantes cancelaram a inscrição até sexta-feira passada. Este número é maior do que o registado durante todo o ano lectivo anterior, quando 515 alunos deixaram a instituição. Segundo a reitoria da mais antiga universidade portuguesa, não é expectável que as desistências aumentem muito nos próximos meses. Na Universidade do Porto, 145 alunos requereram o cancelamento da matrícula, mas este valor está ainda aquém do total de desistências do ano passado (217). As faculdades de Engenharia (69) e de Letras (21) são aquelas onde se regista um maior número de desistências.

Na quinta-feira passada, o Conselho Geral da Universidade do Minho tinha alertado para o facto de haver centenas de estudantes a cancelar a sua inscrição no ensino superior devido aos cortes nos apoios. Desde o início do ano lectivo, perto de 500 estudantes anularam a matrícula naquela universidade, o que levou a associação académica e os Serviços de Acção Social a lançar um inquérito para perceber os motivos destes abandonos.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), este número não é superior ao que se tem verificado em anos lectivos anteriores. "Nenhuma relação terá com o actual regime de bolsas", sustenta Mariano Gago. O ministro lembra que cada universidade dispõe dos recursos e poderes para intervir sempre que tenha conhecimento de algum caso de risco de abandono escolar de alunos que, tendo aproveitamento académico, evidenciam carências de rendimentos.

As explicações não convencem porém os estudantes, que se reuniram em Lisboa durante todo o fim-de-semana para discutir os problemas do ensino superior. O presidente da associação académica da UM, Luís Rodrigues, não tem dúvidas da existência de uma "relação causa-efeito" entre o número de desistências e a redução do número de bolseiros e do valor médio dos apoios. "Não nos oferece grandes dúvidas. Temos centenas de pedidos de ajuda de colegas."

O regulamento de atribuição de bolsas de estudo foi um dos temas mais quentes do Encontro Nacional de Direcções Académicas.

4 comentários:

Diogo Afonso disse...

Boa tarde, pretendo iniciar para o ano a minha vida academica, mas não sou adepto de praxes nem esses tipos de "brincadeira" apenas pretendo ir para a faculdade fazer o meu "trabalho".

Sou da região de Lisboa e ainda estou um pouco indeciso quanto a que curso escolher, mas pretendia uma faculdade publica, pacata, sem muitas brincadeiras de praxes e afins.

Tenho media a rondar os 16 valores,e estou mais direccionado para cursos de gestão ou ligados ao agrupamento de humanidades.

Poderiam ajudar-me e indicar algumas faculdades mais pacatas?

Sara Coimbra disse...

Queria só deixar aqui um comentário: Não influencies a tua ida para a faculdade pela praxe e pelas "brincadeiras" que uma faculdade tem. Não tens que fugir da praxe, porque apenas não vais e não tens que te preocupar com isso.

Eu fui à praxe duas vezes. Dei duas oportunidades. Não gostei daquilo, não fui mais. E não me preocupo com isso.

Por isso, sublinho, não deixes que isso te influencie, de modo algum. Não deixes que algo de nível tão baixo como é o caso da praxe interfira na tua decisão.

Anónimo disse...

Jamais permitas que uma prática nojenta e digna de vómitos como a praxe influencie a tua escolha.

Quando os animais vierem convidar-te para a praxe ou "obrigar-te" a fazer as figuras que eles querem, dizes que não queres e acabou a conversa. Se eles te ameaçarem de exclusão, não ligues, é tudo mentira. E não queres ter "amigos" que te humilharam pois não?

Força nisso, rapaz, não deixes que os animais te intimidem. Aliás, eles só andam na praxe porque são fracos e não têm personalidade. Ou então a dignidade é escassa.

Anónimo disse...

Só uma pergunta onde é que "Quase 750 estudantes cancelaram a sua inscrição nas universidades do Porto e de Coimbra desde o início do ano lectivo. Também na Universidade do Minho (UM) o número de abandonos ronda os 500. As associações académicas atribuem culpas às novas regras de atribuição de bolsas de estudo." fala de praxe? E que tem isso haver de praxe?
Nao consigo entender a razao de haver falta de dinheiro para ir para a faculdade tem haver com a praxe. Digo eu que a falta de personalidade tem uma pessoa deixa comentarios e vive tao assombrado com a praxe, mas espera deves julgar o livro pela capa tambem, nao estou a dizer que sou a favor da praxe entendam isso, mas que este blog tem Post pateticos e escusados tem e entao os comentarios nem se falam.
Concordo com a Sara, vais gostas gostas nao gostas nao vais assim tao simples.