Praxe suspensa em Coimbra após agressões a duas alunas
As duas “caloiras” do curso de Psicologia foram esbofeteadas e cabeceadas por um aluno mais velho, que conduzia uma praxe na madrugada de quinta-feira da semana passada, escreve o Jornal de Notícias. Segundo as testemunhas anónimas citadas pelo diário, as alunas recusaram-se a participar, devido à hora avançada, o que não foi aceite. De seguida, o colega tê-las-á obrigado a assinar um documento que as impediria de participar em futuras actividades académicas.
A violência usada pelo aluno mais velho levou as duas “caloiras” ao hospital, para receber cuidados médicos, e depois à apresentação de uma queixa formal na polícia contra o agressor. As jovens, que foram ainda examinadas no Instituto de Medicina Legal, pretendem levar o caso a tribunal.
Sem referir o caso, o Magnum Consilium Veteranorum – ou seja, o Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra – emitiu um comunicado, ainda na quinta-feira, no qual dizia ter chegado ao seu conhecimento “que alguns doutores/as desta universidade, no que diz respeito à praxe, andam a ter atitudes que no mínimo se podem classificar como desviantes dos princípios e orientações da Praxe Académica da Universidade de Coimbra”.
No texto, partilhado na página do Conselho no Facebook, é “decretada a suspensão imediata de todas as actividades praxísticas no que diz respeito à chamada ‘praxe de gozo e de mobilização’”. “Como consequência, em nenhuma situação pode neste momento e até à revogação desta decisão, existir qualquer praxe de gozo ou mobilização de ‘caloiros’ desta Universidade”, continua o comunicado, que é assinado pelo “dux veteranorum”, João Luís Jesus, responsável máximo pela praxe em Coimbra.
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Também no JN.