segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Praxe em Janeiro, por Bruno Nogueira


ng2170408

Mais achas para a fogueira, deste fabuloso humorista:
http://podcast.cdn.tsf.pt/tub_20140127.mp3

22 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado a todos os meios de comunicação social, sair à rua trajada vai ser perigoso.
Tenho amigos meus, que por este fim de semana estarem trajados, na sua vida, sem chatearem ninguém, foram agredidos e chamados de assassinos! E meus caros, sou do porto, nem sequer tenho nada a haver com a lusófona ou com a praxe que se faz sentir em Lisboa.
Que culpa tenho eu, ou os universitários de todo o país que seis pessoas tenham morrido desta triste maneira? Que culpa tenho eu, para ser agredida, insultada, ser tratada como uma assassina?
Chegamos ao dia, em que usar um traje, símbolo NÃO DE PRAXE, MAS DE ACADEMISMO, (pois qualquer universitário, praxista ou não o pode fazer), usar o traje é ser marcado como criminoso, como imbecil sem princípios. Usar um traje, ouvir uma serenata, ver um festival de tunas e ouvir os tão amados fados académicos de coimbra, tudo isto vai passar a ser sinónimo de coisas más.
Obrigado aos media, por tentarem destruir a melhor fase que um universitário pode ter. Obrigado TVI, obrigado RTP, obrigado JUDITE DE SOUSA, obrigado M.A.T.A, OBRIGADO a todos os ''jornalistazecos'' que exercem esta profissão neste país.

p.s:Pergunto eu agora, a quem critica a praxe, onde está o bom senso, o carácter, o civismos ao fazerem isto a jovens trajados. Segundo vocês, isso também é praxe, e estão-nos portanto a praxar.

Anónimo disse...

E diz lá que não é tão bom ser-se praxado? Não devias estar com saudades de ser chamada de umas coisas que não és? Ou a praxe só começou a ser boa quando passaste o estatuto de caloira?

Anónimo disse...

È por demais evidente que as praxes académicas têm de acabar, quantas mais mortes serão precisas para a acabar com as praxes?

Anónimo disse...

AHAHAHA, os vossos argumentos fazem-me rir!
Ser praxada? Na minha praxe enquanto caloira nunca fui tratada mal, nunca fui insultada, nunca fui tratada de forma criminosa.
Isso os anti-praxes conseguem fazê-lo muito bem.

Vê-se o seu carácter quando pergunto o porque de ser tratada como uma criminosa quando não o sou e dá uma respostas dessas.

Os anti-praxes são os verdadeiros arrogantes, mal-criados, e sem carácter.

O futebol também já causou mortes, até quantas mais mortes para acabar com os jogos de futebol??


Ridículos. E sem argumentos.

Anónimo disse...

Pelo comentário do anónimo, vê-se perfeitamente que sabe o que é a praxe, quando pensa que na praxe se agride alguém.
Não, não somos animais como os anti-praxes, não agredimos ninguém. vocês é que fazem.

Anónimo disse...

Os anti-praxes é que são mal-criados e sem carácter? Não somos nós que gritamos palavrões em plena universidade nem que andamos em rebanho, com os olhos pregamos no chão, a cumprir ordens estapafúrdias e de jeito ordinário. Arrongantes? Espera, quem é que trata os recém chegados abaixo de cão? E foi a menina do primeiro comentário que disse que estava a ser praxada, não fomos nós.

Nós agredimos alguém? Quem? Já viste alguma notícia em que um anti praxe tenha feito seja o que for a uma pessoa? Olha que notícias de violações, porrada e esforço até à exaustão por praxistas é coisa que não falta. Não te enterres mais.

E dêem um desconto às pessoas que vos ataca quando trajam. Também os actores das novelas, quando fazem papéis de maus, são insultados pelas velhotas quando passam na rua. Já que são tão corajosos na praxe, quando estão com os amiguinhos, aguentem mais um pouco, que quando esta história sair do ar já ninguém vos diz nada. Não sejam lamechas pá

PARANORMAL CENTER RESEARCH disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PARANORMAL CENTER RESEARCH disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

A praxe académica, recorre à prática de tortura.
Já existiram consequências danosas várias, físicas e psicológicas das praxes, fruto dessa abominável praxis.
Resultou ainda a morte de cidadãos, na total impunidade de todos os que de modo grupal, intencional, o provocaram.
Com permissão ou não do próprio, não podem as Instituições, num estado de Direito, e Democrático, estarem presentes em costumes de tortura.
A tortura, acontece dentro, e debaixo da égide de Instituições, tuteladas pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (!!!), acresce ainda que dentro duma Universidade, deve ser promovida a segurança, o civismo, e o respeito por todos os frequentadores, ainda acontece que todos os cidadãos são iguais perante a lei, e que atentar contra um direito Constitucional, basilar, fundamental, como o da vida, é crime; um espaço que promove esse evento não pode ser considerado Universitário, como o nome indica, é um espaço que se pretende Universal e não peculiar e apenso a arbitrariedades ou costumes de dada casta.
O Fascismo é anti-Constitucional, todo o ritual de subjugação por inspiração corporativista, oligárquico, e hierárquico, é fascizante e como tal anti-Constitucional,e não é fascista, proibir o fascismo, como tal não fascizante proibir a praxe, pois é tendo em conta todos os factos e relatos, um evento fascizante.
Por atentar contra a Constituição da República, e ainda contra a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a prática da Praxe, única na Europa, veiculada infelizmente por Portugal, deve ser levada ao Parlamento e a Tribunal Europeu, para que o país sofra sanções concretas, por estar a impor uma tradição anti-Constitucional que pode enquadrar um crime contra a Humanidade, a cidadãos Europeus, os portugueses e até outros cidadãos que em programa de cooperação possam frequentar o ensino universitário.
Considero esta prática abjectamente visceral.

Anónimo disse...

Depois dum levantamento exaustivo de todos os eventos danosos de praxe, entendo fazê-los chegar a uma autoridade fora desta nação, que parece estar a ignorar direitos básicos admitidos na Constituição da República, bem mais além e bem mais fundamentais que o direito de reunião.
Porque se um cidadão reunir com intenção de prejudicar outrem e agir organizadamente nesse sentido, a isso não se pode chamar organização estudantil, mas criminosa, e se o Estado de Direito não atender a este básico direito à integridade física, moral, psicológica e social do estudante, cidadão nacional, europeu, terá que admiti-lo outra instância fora desta Jurisdição.
Não pode jamais um estatuto dentro duma universidade, ser superior a um documento de lei nacional, pois não existem lugares onde a lei portuguesa não se aplique superiormente a outras, em território nacional.
Todo o estudante numa Universidade tem o direito e deve estar certo de encontrar civismo, segurança, alegria, e urbanidade.
Posso ainda adiantar a quem ler o meu comentário, para todos os que desconhecem, que em casos de Tortura, qualquer cidadão a pode denunciar seja a que instância Nacional ou Internacional que o tutele for, qualquer um, repito pode constituir-se assistente.
Façam-no, sem medo !

Anónimo disse...

Sabem porque é que não há noticias dessas tais agressões anti-praxe? Quer mesmo que lhe diga?
Não me diga que não leu o primeiro comentário aqui feito?
Vai-me dizer quantas reportagens/noticias ou crónicas há na defensiva na praxe: ZERO.
Acha que mesmo que a comunicação social tivesse conhecimento de algumas dessas historias as divulgava? Nunca. Vai contra os seus interesses.

Ai são os praxistas os arrogantes?
Digo-lhe mais, meu caro, no meu ano de caloiro, e os anos que se seguiram a isso que me ''renegou'', quem não me ajudou, quem me deixou de falar, quem me tratou com arrogância foram as pessoas a anti-praxe! Sempre me dei com toda a gente no meu curso, simpatizante ou não da praxe. Mas os anti-praxe não suportam as escolhas dos caloiros que querem ir à praxe, e fazem tudo para os rebaixar.

Digo-lhe até inclusive, que havia uma pessoa com quem me dava muito bem que era anti-praxe, nunca fui arrogante para ela, nem nunca me superiorizei. Sabe o que um dia essa pessoa me fez quando lhe pedi ajuda para um trabalho? Mandou-me à merda literalmente, e ainda teve a lata de dizer que por 100€ me ajudava com o dito trabalho.
Este ano os meus caloiros são completamente posto de lado por esses mesmos anti-praxe.
São estes os anti-praxe que nós temos em Portugal.

Não me diga que o facto de eu andar na praxe, ser caloira ou praxista me impede de ser boa pessoa? Com princípios?
Não me diga que cerca de 100 mil universitários são todos ordinários, más pessoas e reles.

Nós nunca julgamos ninguém pelas escolhas que as pessoas fazem, vocês perguntam "ah, andas na praxe? és uma ordinária, má pessoa, sem carácter!"

Espero que estejam orgulhosos do que criaram.

Anónimo disse...

Sobre o mito da "adesão voluntária" à praxe leia-se o relato publicado neste blog:

http://conversa2.blogspot.pt/2014/01/ah-e-tal-quem-nao-quer-praxe-pode.html

Anónimo disse...

Com mortes ou não, não há desculpa para qualquer praxe.

Não há desculpa para qualquer acto cuja premissa seja a subjugação do outro. Chame-se-lhe praxe, integração, boas vindas ou o que seja.

Mas afinal, onde está a nobreza da praxe?

Não é bonito rirmo-nos à pala dos outros. É bonito divertirmo-nos com os outros, mas não à sua custa.

O que me espanta é que numa sociedade cuja grande parte das pessoas abominam as praxes, estas ainda persistam.

A resposta que tenho é que mesmo estas pessoas são demasiado brandas com as praxes. Muitas até dizem que deviam acabar mas depois dizem que não se deviam proibir.

É como se dissessem que são contra o racismo e que este devia acabar mas que não se deveria proibir.

Uns temem que isso gere focos de repressão que conduzam a praxes (ainda mais) violentas. Outros terão receio de serem chamados de extremistas. Outros, românticos, esperam ainda que sejam os próprios estudantes a chegarem à conclusão que praxar é errado. Outros ainda, porventura mais românticos, sonham que os pais destes estudantes os eduquem de
forma a olhar para o outro de igual para igual.

Mas onde estão os pais desta gentalha que dá ordens e vocifera contra o seu próximo? O que pensa e o que sente um pai e uma mãe quando lhes assombra o espírito que o seu filho ou a sua filha tem um comportamento tão execrável e indigno contra um seu semelhante? Mas de que massa é feita esta gente que se demite, não se importa, não quer saber, ou ilusão
das ilusões, quer acreditar que nunca são os nossos filhos; são sempre os filhos dos outros?

Meus amigos, não esperem sentados por Godot. Se realmente são, sem reservas, contra as praxes académicas, manifestem-se pela sua extinção, mesmo que seja pela via da proibição. Lembrando Martin Luther King, a liberdade nunca
é dada pelo opressor, é antes conquistada pelo oprimido. Não estejam portanto à espera que estes opressores acordem um
dia generosos e tratem os recém chegados de igual para igual, com a dignidade que todos merecemos.

Não se trata de praxar as praxes como diria um demagogo numa tirada de zero conteúdo, ou até bem analizada, de conteùdo negativo para a sua causa, pois nessa frase está encerrado um sentido pejorativo da própria praxe. Não se deve reprimir ou matratar quem praxa. Eles, na verdade, não são, necessariamnete más pessoas, apenas não saberão mais. Mas
enquanto aprendem e não aprendem, deveremos (teremos de) ser nós que pensamos de uma forma mais democrática, igualitária e respeitosa para com o outro, a proteger os fracos.

Por isso, não sejam complacentes com qualquer tido de tirania e atentado à dignidade humana. A praxe tem de acabar!

Anónimo disse...

"vai-me dizer quantas reportagens/noticias ou crónicas há na defensiva na praxe: ZERO"

Deve andar desligado dos periódicos nacionais porque saíram bastantes artigos no Público e DN que se revelam favoráveis à praxe, e debates entre pessoas contra ou a FAVOR da praxe também têm aparecido na televisão.

Anónimo disse...

Partindo do princípio que o comentário original se refere a uma história verdadeira (até porque, convenhamos, não é como se o silêncio e conivência com actos criminosos seja algo aquém de quem defende a praxe, como se viu em 2001 e mais recentemente com o incidente do Meco), que estranho que os media, tão sedentos de notícias relacionadas com o tema, não tenham procurado fazer notícia desse incidente, como têm feito de tudo quanto é relacionado com a praxe e estudantes universitários que a apregoam.

A ser verdade a história que contas, é de lamentar. Mas da mesma forma que quem defende que nem todas as praxes são más, não sei o porquê de generalizar que quem possa ter feito tal ataque tem relação com o MATA. Mais, que coincidente que de todos os meios de comunicação social aches que é um grupo relativamente pouco conhecido (o deste blog) que tem de alguma forma contribuído para as acções de quem assiste escolher e contar as notícias. É duma imaginação mirabolante.

Unknown disse...

Ao comentário das 19:20: aplausos. Expôs o tema lindamente!

Anónimo disse...

Meu caro, (anónimo das 18:51), viu a data do meu comentário? 28 de Janeiro. Isso mesmo, alguns dias ainda separam da data actual, poucos é verdade. Mas Naqueles dias, quando houve o grande booom da tragédia, todos os canais televisivos acusavam piamente a praxe, mesmo hoje ainda não se sabendo o que aconteceu.
Hoje já se vai vendo, defensores da praxe na comunicação social.

Em segundo lugar, já que este blog não é assim tão conhecido como diz, qual era a minha necessidade de vir para aqui contar uma historia falsa? Nenhuma. Sei que muitos de vocês pensam que as pessoas que pertencem à praxe são mal criadas, ordinárias, frustradas, burras, e com falta de carácter. Engane-se meu caro, antes de ser praxista, sou cidadã instruída, com princípios, com sentimentos, e mais do que tudo sou filha, filha que teve muita e boa educação.

Generalizei neste caso propositadamente. Sabe porque? Porque é o que a maior parte dos anti-praxe faz. Não gostam que vos metam no mesmo saco? então não façam isso também.

E permita-me clarificar, quando no meu primeiro comentário agradeci ao MATA (entre outros), não o estava a culpabilizar de tais acontecimentos. Nem à Judite de Sousa, como é óbvio, mais uma vez estava a generalizar para MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.

Cada um tem as suas convicções e motivações próprias e respeito isso, peço desculpa a quem quer que seja que de certa maneira tenha ofendido, não voltarei a comentar neste blog, já que o mesmo vai contra aquilo que defendo.

Afinal, um praxista, consegue ser bem-educado.

Anónimo disse...

Acabei de ver na RTP1 um filme de arrepiar os cabelos. Título: A Negação do Holocausto.

Cambada de hipócritas, como se não soubessem e não tivessem feito o mesmo.

Pois, agora começo a perceber como é que eles dão a volta aos pais... Pais demissionários, insisto!

E a outra a atacar os jornalistas? É como quem diz, eu vi-te a bater na tua mulher portanto não me venhas dizer que não posso bater na minha!

E além do mais, bater na minha mulher tem vantagens, pois a seguir de uma boa surra ofereço-lhe sempre um ramo de flores e digo que a amo. Portanto dêem-me liberdade de bater na minha mulher e dêem-lhe liberdade a ela de apanhar e estar caladinha.


Como pudemos regredir tanto?

Imagino uma sociedade daqui a 50 anos a ver este programa e a questionarem-se entre eles: Como foi possível?

Tal como hoje nós olhamos para seitas Koreshianas e nos perguntamos obstupefactos, como foi possível?

Sabem que mais, não sou psicólogo. Pouco me importam (para o caso) as frustações, revolta ou simples má-formação desta gentinha. Pouco me importa que hajam pessoas que gostam de maltratar e, outras até, que gostem de ser maltratadas. Mas para isso há os clubes de sado-maso! Passem por lá que ficam de barriga cheia.

Mas não é por gostar de ser chicoteado no "acto" que vou andar por aí de chicote na mão a chicotear os outros!

Repito, a praxe não tem nenhuma desculpa. É coisa atrasada, tirânica, de tiques fascitas e toques nazis. É racista, sexista e reaccionária. Bolorenta e bichosa como cantava o SG.

E faço este desafio às AEs e às Universidades/Faculdades: em vez de ser o aluno que não quer ser praxado a declarar-se como tal, porque não inverter esse ônus e ser os alunos que querem ser praxados a preencher um formulário a dizer que realmente querem ser praxados?

Se vocês praxistas, são assim tão magnânimes (quem vos ouve falar e não sabe melhor até pensará que vocês se maçam a praxar por puro altruísmo para com o aluno recém-chegado) sejam então consequentes e assegurem-se que realmente só praxam quem efectivamente quer.

Ou, por outras palavras, criem o vosso clube privado de Sado-Maso. Por mim, tudo bem.

Não me venham é maltratar os outros!

Repito: não sejamos complacentes com as praxes. Não pode haver contemplações para quem maltrata e se acha no direito de o fazer. Para mim é tolerância zero, sem retaliação, mas sem contemplação.

--- O anónimo das 19:20h lá mais para cima.

Anónimo disse...

Alguém comparou com o Futebol. Que houve mortes, mas o Futebol continuou.

Dois reparos. O futebol é um desporto. Tal como muitos outros.

As claques, não fazem parte desse desporto. São claques.

Agora as claques que matavam, que partiam coisas, andavam sempre bébados, tem um nome diferente: Hooligans.

Estes foram presos. Foram identificados, e impedidos de entrarem em estádios. Foram identificados, e impedidos de irem para o estrangeiro. Alguns foram presos vários anos, por actos mesmo violentos.

Pode-se dizer que nem toda a gente que estava nessas claques de Hooligans, eram violentos. É verdade.
Mas menos, pagaram por estarem relacionados com essa gente.

Hoje vê-se no futebol claques a cantar, a berrar até, mas actos violentos são muitooooo menores. E algumas, tem que ser levadas aos jogos, como se fossem uns incivilidados de primeira. Quem nunca viu algumas das principais claques a ser conduzida a estádios, sob escolta ?

Por isso, talvez o melhor seja isso mesmo. Prender alguns, proibir outros, e os que restarem, serem conduzidos por GNRs para as praxes. E vigiados nestas.

Anónimo X


Anónimo disse...

O problema da "Praxe" começa logo na palavra e no modo como usam a palavra para o que fazem..
por exemplo, toda a porcaria que se tem feito por aí aos caloiros não é praxe,são apenas bricadeira ou gozo ao caloiro,umas estupidas, algumas idiotas e outras engraçadas até. Quem mínimiza a "Praxe" aos caloiros nos meses de Outubro e Novembro é sem dúvida um ignorante e estou a falar da maioria dos estudantes da atualidade.
Vou ser muito pragmático sobre o que é a PRAXE, a praxe são regras, são os protocolos, as etiquetas, as formas de estar em determinadas situações.
contudo, em textos antigos, podemos verificar a palavra "praxe" em diversas situações e que não pertencia mundo académico.
Toda a gente faz praxe diáriamente e nem dá conta disso!
Por exemplo: Quem for a um concerto de uma orquestra, existe SEMPRE praxe. Quando o maestro entra em palco todos batem palmas e a orquetra levanta-se, e o maestro faz a vénia (são as regras, os protocolos, a etiqueta).
Num tribunal o juíz entra na sala e a praxe é: todos se levantam e só se sentam-se depois de o juíz se sentar (é a regra, o protocolo, etiqueta).
Quando vamos pagar o conbustível numa estação de serviço, vou para a fila, digo bom dia ao empregado e por norma e regras de boas educação e boas maneiras devia-se dizer um resto de bom dia ( era a regra, o protocolo e a etiqueta)quem faz o contário de isso tudo é que são os Anti-praxe, o anti-social, não segue a regra da "praxe" cívil.
Ora e na Praxe Académica o que é a praxe?
Por exemplo: Existe a tradicional Serenata Monumental (que não é praxe, mas vai-se utilizar o protocolo, as regras e etiqueta) traça-se a capa, não se bate as palmas e fica-se sempre em silêncio, isso é a praxe (as regras, o protocolo a etiqueta).
Quando se faz rasgões na capa, existe a praxe, que é, faz-se com os rasgões com a mão ou com os dentes, e nunca se utiliza objetos cortantes..quem fizer o contrário é Anti-praxe.
Outro exemplo muito pragmático minha juventude é quando se utiliza o uniforme académico, existe regras da sua utilização, e essas regras é que são a praxe.
Anti-praxe é proibir o caloiro de trajar, anti-praxe é falar numa serenata, anti-praxe é sujar a capa com porcarias.
Em trupe quando se fazia sanções havia a praxe da trupe, ou seja, a trupe não podia ter branco à vista, logo, quando um elemento de um trupe levantasse demasiado o braço para cortar o cabelo o branco ficava visível e aí a trupe não podia proceder, e desfazia-se a trupe. Era bantante difícil cortar o cabelo a alguém sem mostrar o branco, isto também permitia que o elemento da trupe podesse levantar demasiado o braço para dar "pauladas com a moca nos dedos", se o elemento da trupe não cumprir essas "regras" está a ser anti-praxe, Dura Praxis, Sed Praxis, a praxe é dura mas é a praxe..é dura par atoda a gente e não só aos caloiros!!!
Praxe são as regras de como fazer certas práticas meus caros.
Os Anti-praxes não são Anti-praxes, são Anti-Parvoice e Anti-Abusos que se ve por Aí.
Há por aí muita gente que pensa que é praxista mas que na verdade na sua ignorância é um verdadeiro anti-praxe!

Anónimo disse...

(continuação do post anterior)

"Os anti-praxes é que são mal-criados e sem carácter? Não somos nós que gritamos palavrões em plena universidade nem que andamos em rebanho, com os olhos pregamos no chão, a cumprir ordens estapafúrdias e de jeito ordinário. Arrongantes?"

Posso dizer que ofender outros cursos com palavrões não é da praxe!É promoção de bairríssmo de baixa qualidade, claques, estupides ou qualquer coisa do género!

O caloiro que esteja de quatro, de três, fazer flexões e estar de olhos no chão não tem nenhuma tradição académica!
É algo inventado recentemente (10, 20 anos, não sei) por acéfalos e que se expandiu pelas univerdidades, faculdades e politecnicos do pàís tipo epidemia. Isto de o caloiro olhar para o chão faz-me lembrar os prisioneiros de guerra e o que se vê nos campos de concentração Nazis, peço desculpa pela comparação fascista, mas a praxe na verdade nos tempos antigos era muito democrática, ela própria foi evoluindo a par da sociedade adaptando-se à época que se encontrava tornando-se menos selvagem.
Hoje vê-se o retrocesso da civilização, em que a praxe, em nada está adequada aos tempos democráticos que hoje vivemos.

A praxe era democrática? A resposta é SIM!!

Fazemos uma viagem no tempo (Séc. XIX por exemplo) onde o país vivia com foros especiais...se hoje temos uma idéia que existe justiça para ricos e outra para pobres, no século XIX isso era uma realidade!
Havia foros especiais para a nobreza, para o clero, para a burguesia, para a plebe e etc..
Vejam lá como seria a universidade de onde estava o filho do Marques a estudar e o filho do Senhorio que tinha grandes propriedades para a agricultura, e... o sobrinho do cardeal de Lisboa!

Ora concerteza cada um deles estava protegido pelo seu foro especial, onde iria haver classes sociais entre estudantes.
Aqui existia o Foro Académico, onde todos os estudantes, lentes e professores estavam abrangidos pela mesma lei, onde a lei cívil não se aplicava! Eram todos julgados sobre a mesma lei.

Veja-se a criação das Repúblicas em Coimbra!! Onde os estudantes proclamavam as suas residências como Répúblicas!!! Isto em tempos que Portugal era um Monarquia!!! A ideologia praxística da Répúblicas seguiram o lema da revolução francesa, igualdade liberdade e fraternidade!
Aplicaram nas suas residências a democracia 100 anos antes do 25 de Abril.

Como eu digo, um anti-praxe na verdade não é um anti-praxe!!

É um anti-abusos,anti-humilhação, anti- estupides, anti-palermas.

...e quem está no ensino superior não consegue dizer que o que se ve por aí em Outubro e Novembro, são apenas ritos de iniciação ( que devia ser mais brincadeira que humilhação)e o gozo ao caloiro, e para gozar como o caloiro não é preciso estar em Praxe!
A praxe meu caros, são regras, protocolos etiquetas do que se pode fazer e o que não se pode fazer...


Abraço a todos

Suarez disse...

Agora expliquem-me uma coisa como se eu fosse muito burro!
Só não for praxado, sou automaticamente anti-praxe?
E se me estiver literalmente cagando para ambos os lados pura e simplesmente porque a praxe me passa completamente ao lado?